Descrição de chapéu transporte público

Metrô de SP instala detectores de metal no acesso a catracas

Equipamentos passaram a ser utilizados nesta sexta nas estações Pedro 2º e Saúde

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São Paulo

O Metrô iniciou nesta sexta-feira (9) a fase de testes para o uso de detectores de metal em estações. As torres de detecção de metais foram colocadas em frente às catracas das paradas Pedro 2º (linha 3-Vermelha) e Saúde (linha 1-Azul).

Segundo a companhia, neste primeiro dia, a ação contou com o apoio de agentes da Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano) para, "caso fosse necessário, adotar as medidas de Polícia Judiciária".

Nas barreiras, cartazes orientam passageiros com marca-passo, implante coclear e outros dispositivos que sofrem interferência a procurar um funcionário para evitar a passagem pelo detector.

A assessoria de imprensa do Metrô disse que essa fase de testes vai durar alguns dias, não havendo um prazo definido para terminar. Apenas depois será feito um balanço da operação.

Um segurança do metrô observa uma mulher passando em detector de metal de corpo inteiro nas catracas da estação Dom Pedro 2º
Segurança do metrô observa mulher passando pelo detector de metal na estação Dom Pedro 2º, da linha 2-Vermelha - Divulgação

A iniciativa é a primeira medida para o reforço da segurança nas linhas operadas pela companhia.

Outra medida que o Metrô está perto de assegurar é uma parceria com a Polícia Militar para prevenir a ação de criminosos dentro e no entorno das estações. Segundo os responsáveis, o trabalho dos policiais se dará por meio da Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar).

Trata-se do "bico oficial", bastante usado em operações delegadas em áreas de comércio popular, por exemplo.

Em nota divulgada na última terça (6), o Metrô afirmou que a parceria já foi estabelecida no transporte sobre trilhos com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A parceria entre PM e CPTM teve início em janeiro de 2020, antes da pandemia de Covid, quando 445 vagas foram abertas para que policiais cuidassem, à época, de 28 das 94 estações.

Um segurança do metrô em frente a dois detectores de metal de corpo inteiro nas catracas da estação Dom Pedro 2º
Passageiros com marca-passo, implante coclear e outros dispositivos que sofrem interferência devem procurar um funcionário para não passarem no detector de metal - Divulgação

Nas últimas semanas, metroviários têm apontado a ocorrência de uma série de crimes praticados dentro das estações do Metrô, citando a redução no número de funcionários como um dos motivos para a ação dos criminosos.

Segundo funcionários, ladrões têm roubado celulares de passageiros nas plataformas das estações. Um grupo formado por cinco criminosos teria, por exemplo, apontado arma de fogo e tomado o telefone de uma passageira na estação Liberdade, da linha 1-Azul, no início desta semana.

Existe a suspeita de que os mesmos bandidos tenham praticado crime semelhante nas estações Tatuapé, da linha 3-Vermelha, Conceição e Santana, ambas na linha 1-Azul.

Também há relatos de agressões contra funcionários da companhia. Em um dos casos, um metroviário foi esfaqueado na estação São Bento, da linha 1-Azul, após abordar um passageiro que insistia em cruzar a catraca fumando um cigarro, o que é proibido.

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