Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Três morrem em operação da PM na Vila Kennedy, no Rio

Favela da zona oeste foi laboratório da intervenção militar em 2018, sob presidente Michel Temer

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Rio de Janeiro

Três pessoas morreram e outras duas ficaram baleadas após operação da Polícia Militar, nesta terça-feira (13), na Vila Kennedy, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, todos os feridos, que ainda não foram identificados, são suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e foram feridos em confronto com os agentes.

A Vila Kennedy foi ocupada por militares por cerca de três meses, em ação da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, em 2018, pelo então presidente Michel Temer.

Ainda na zona oeste, outras operações estão sendo realizadas nas favelas do Aço, Três Pontes, Antares, Rola e Jordão. As ações também acontecem na favela do Mundial, na zona norte, além de nos morros de São Carlos e Mineira, Queresone e Zinco, ambos na região central do município.

imagem aérea de dois tanques da policia militar em rua
Veículos da polícia em operação na Vila Kennedy, na zona oeste do Rio, na manhã desta terça-feira (13) - Reprodução/TV Globo

A operação na Vila Kennedy, é realizada pelo 14º BPM (Bangu), com apoio do 2º Comando de Policiamento de Área, para coibir roubos de carga e veículos, além de retirar barricadas da região.

Durante a retirada houve confronto e cinco feridos, apontados como traficantes, foram levados para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas três deles não resistiram aos ferimentos. Com eles, foram apreendidos uma arma, grande quantidade de drogas e um rádio transmissor.

Um dos redutos do Comando Vermelho, a comunidade foi escolhida para ser um "laboratório" pelos interventores em 2018. Um dos motivos é sua proximidade logística com a Vila Militar, em Deodoro, também na zona oeste.

Distante cerca de 40 km do centro do Rio, a favela sofre com falta de serviços públicos e violência, mas não é a mais carente da cidade.

Logo após as primeiras operações, alguns chefes locais do crime deixaram as favelas. Moradores, contudo, relataram um mês depois que, mesmo com a presença ostensiva dos militares, traficantes continuavam na comunidade.

Com a saída dos militares, a comunidade voltou a ter um cenário de instabilidade. A UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do local foi extinta e o policiamento passou a ser de responsabilidade do 14º BPM (Bangu), que sofre com o déficit de agentes, segundo o Ministério Público.

De acordo com o porta-voz da corporação, coronel Ivan Blaz, os agentes foram atacados assim que chegaram ao local. "Já fomos recebidos por muitos tiros, algo que é comum nas comunidades que sofrem influência desta facção. As barricadas já estão perto da Avenida Brasil, por isso, esta ação se fez necessária", disse.

Outras operações

Na comunidade do Aço, Três Pontes, Antares e Rola, em Santa Cruz, atuam equipes do 27º BPM (Santa Cruz). Durante a ação, um homem que havia fugido do sistema prisional foi preso.

Na favela da Mundial, a operação é feita por militares do 9º BPM (Honório Gurgel), com objetivo de coibir os roubos de carga e veículos, além de prender criminosos.

Nas comunidades da região Central, nos bairros do Estácio e Catumbi, a ação é feita pelo 4º BPM (São Cristóvão), "com o objetivo de coibir roubos e recuperar carga e veículos, apreender armas, desobstruir vias, além de localizar possíveis pontos de desmanche. Até o momento, um fuzil foi apreendido na região", disse a PM, em nota.

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