Descrição de chapéu Obituário Marcos Simões da Silva (1975 - 2022)

Mortes: Fez do futebol sua alegria de viver

Marcos Dobrada foi ídolo e campeão nos gramados da vida

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Curitiba

Marcos Simões da Silva levava a vida de forma tão leve e divertida que lhe deram o apelido de Alegria. Contente e sempre sorrindo, o menino ficava feliz mesmo era com uma bola no pé.

Nascido no município de Urânia (SP), em uma família de dez irmãos, ele se mudou para a cidade de Dobrada (SP) aos três anos, o que lhe rendeu novo apelido no futebol: Marcos Dobrada.

Jogar bola rendia também reclamações dos pais e irmãos quando Marcos fugia da colheita de laranja para o futebol. Mas o esporte estava no sangue. Seu pai e todos os irmãos foram jogadores de futebol. Marcos e o irmão Valdecir chegaram à categoria profissional.

"Eu saí primeiro, joguei no Ferroviário e no Paraná Clube. Marcos veio em seguida, entrou no Olímpia, onde fez carreira, jogou no Remo, passou por vários times do interior, pelo Coritiba, até chegar no Paysandu", conta Valdecir Simões da Silva. "A vida dele era o futebol."

Marcos Dobrada foi campeão pelo Paysandu e pelo Olímpia FC - Arquivo pessoal

Em sua cidade do coração, Dobrada, um ginásio deve ser inaugurado com o nome do jogador, conta o irmão.

O Olímpia FC time em que Marcos Dobrada iniciou carreira, decretou luto de três dias e publicou nota de pesar após a morte de um de seus maiores ídolos. Ele entrou no clube paulista ainda na categoria de base e logo conquistou seu espaço na equipe profissional, como lateral direito.

"Pelo clube foi campeão da Série A3 em 2000 e em 2007, onde fez uma das maiores partidas com a camisa do clube no jogo do acesso."

O Paysandu Sport Club, de Belém (PA), onde Marcos Dobrada jogou durante três anos, também decretou luto por três dias e lamentou a perda daquele que "honrou bravamente a camisa bicolor" no início dos anos 2000. O clube afirma que o jogador teve atuações de destaque no Campeonato Brasileiro da primeira divisão.

Foi nos tempos do Paysandu que ele conheceu o amigo Vandick Lima, com quem dividiu grandes conquistas. "Foi um ano maravilhoso [2001], ganhamos a tríplice Coroa: Campeonato Paraense, Copa Norte e Copa dos Campeões", diz Lima.

O grupo era muito unido, conta o amigo. "Marcos Dobrada era o mais engraçado, divertia a todos nós, além de ter sido muito importante em nossas conquistas."

Dobrada era do tipo "amigo de verdade", afirma Lima. "Companheiro e honesto. Cara do bem."

Marcos Simões da Silva morreu em 1º de dezembro, aos 47 anos, de insuficiência respiratória. Deixa dois filhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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