Vitor José Yoshimochi nasceu em São Paulo, em 3 de abril de 1990. O menino não apresentou problemas de saúde até os 40 dias de vida, quando, em 13 de maio, sofreu uma parada cardiorrespiratória em casa.
Um familiar, médico, que estava na residência naquele momento, prestou os primeiros socorros até que a criança fosse levada para um hospital. A data não sai da cabeça da mãe de Vitor, a aposentada Ana Maria Machado da Luz Yoshimochi, 66, já que coincidiu com o dia do aniversário dela.
A parada ocasionou falta de oxigênio no cérebro e resultou em paralisia cerebral. Assim, por mais de três décadas, Vitor passou a ter acompanhamento frequente de seus pais e irmãs.
Vitor não andava, falava ou se movimentava, mas conversava por meio do olhar e do sorriso, disse Ana. Caso não gostasse de algo, fazia cara feia.
Foi dessa maneira que ele escolheu seu time do coração, o Corinthians, preterindo as escolhas de seus pais e irmãs, torcedores do Palmeiras.
Em clássicos entre os dois times, Vitinho, como era chamado por seus familiares, preferia assistir aos jogos de seu quarto, para ficar longe das eventuais comemorações dos "rivais".
Amante de futebol, ele assistiu em casa ao primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo deste ano. Na segunda partida, ele já estava doente, acometido por uma pneumonia.
Seu passeio preferido eram visitas ao shopping, onde piscava se gostava de uma roupa ou mudava a feição caso algo não fosse de seu agrado.
Ele superou as expectativas médicas, que inicialmente citavam que ele viveria até os cinco anos. Completou 32. Frequentou escolas em dois períodos, entre os 5 e 17 anos.
Vitor José Yoshimochi morreu de pneumonia no dia 9 de dezembro. Ele deixa a mãe, o pai, Sergio Tamio Yoshimochi, 70, e as irmãs Ana Paula, 38, e Ana Cristina, 33.
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