Paulistanos criticam prefeitura e câmara, mas não querem participar da política na cidade, diz pesquisa

Um terço das pessoas pede que vereadores conheçam melhor os problemas de regiões e bairros, segundo Rede Nossa São Paulo

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São Paulo

Mais da metade (64%) dos moradores de São Paulo não quer participar da vida política na cidade, apesar de 44% considerarem a gestão da prefeitura ruim ou péssima —número que vai a 54% na avaliação da Câmara Municipal. Para um terço da população, nenhuma instituição está apta a contribuir para a melhoria da vida na capital.

É o que aponta a pesquisa Viver em São Paulo: Qualidade de Vida, da Rede Nossa São Paulo, em parceria com o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), publicada nesta terça-feira (24).

A administração municipal é considerada pouco transparente para 45% das pessoas, e, para 30% do público consultado, os vereadores deveriam conhecer melhor os problemas dos bairros.

Foto do edifício matarazzo, prédio branco, ladeado por outros edifícios. foto feita no fim da tarde, com sombra na parte inferior do prédio
Edifício Matarazzo, também conhecido como Palácio do Anhangabaú, é a sede da prefeitura da cidade de São Paulo desde 2004 - Avener Prado - 29.dez.16/Folhapress

Apesar das críticas ao setor público, a prefeitura figura como a melhor instituição para promover melhorias na cidade por 15% dos entrevistados, seguida por ONGs e Igrejas (14% cada), empresas e empresários (12%) e o governo de São Paulo (10%).

A pesquisa consultou 800 pessoas com 16 anos ou mais, em dezembro de 2022, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Os resultados totais são ponderados de acordo com a população da região.

Uma percepção captada pelo levantamento, também registrada por pesquisa Datafolha de 2022, foi a vontade de mudar de cidade, opinião de 61% dos entrevistados. Segundo a Rede Nossa São Paulo, a vontade é maior entre quem tem de 35 a 44 anos (70%) e vive na zona leste (69%).

Já a opinião mais frequente sobre a qualidade de vida é que ela ficou estável em 2022, segundo 51% dos entrevistados. O número cresceu em relação aos outros anos, com aumento de 9% em relação a 2021.

Sobre outros temas da cidade, os dados apontam que houve aumento de 15% para 24%, entre 2021 e 2022, na opinião de que deve haver incremento na taxação de fortunas. Já em relação à defesa de igualdade entre homens e mulheres, houve uma queda de 33% para 22% no mesmo período.

Ainda que a avaliação de ruim ou péssima sobre a Câmara Municipal de São Paulo seja maioria (54%), mais de dois terços dos entrevistados (69%) dizem não lembrar em quem votou para o cargo de vereador nas últimas eleições, em 2020.

As principais demandas para os vereadores é que conheçam melhor os problemas da região ou bairro (30%), estejam mais presentes em visitas e agendas (21%) e deem espaço para a população opinar sobre em quê aplicar os recursos (18%).

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