PF prende homem que ameaçou Lula nas redes sociais antes de visita a yanomamis

Presidente chega a Roraima neste sábado para conter crise sanitária de indígenas; Ministério da Saúde decreta emergência

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Bernadete Druzian Patrícia Pasquini
São Paulo

A Polícia Federal de Roraima prendeu um homem em flagrante na noite desta sexta-feira (20), em Boa Vista, suspeito de incentivar a violência contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O homem teria comentado em uma publicação sobre a visita de Lula ao estado, neste sábado (21), que "seria a hora de colocar a bala na cabeça dele".

Segundo nota divulgada pela PF-RR o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional onde ficará à disposição da Justiça.

O presidente Lula conversa conversa com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e a deputada federal, Joenia Wapichana
O presidente Lula conversa conversa com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e a deputada federal, Joenia Wapichana - Ricardo Stuckert/Divulgação

O presidente Lula visita Roraima neste sábado para oferecer o suporte do governo federal e dos ministros aos yanomamis afetados por uma crise sanitária, com casos de desnutrição. O Ministério da Saúde decretou estado de emergência.

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, cerca de 570 indígenas morreram nos últimos quatro anos por doenças que têm tratamento.

De acordo com o sistema de Informações da Atenção à Saúde Indígena, do ministério da Saúde, foram registradas 99 mortes de crianças yanomamis em 2022, sendo três de 24 a 27 de dezembro. As causas são variadas, incluindo desnutrição. Os três óbitos de crianças indígenas no final de 2022 ocorreram nas comunidades Keta, Kuniama e Lajahu. As causas registradas são Síndrome Respiratória Aguda Grave, desidratação e desnutrição

Por meio de um Centro de Operações de Emergências, o ministério quer "planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas".

As ações se darão em conjunto com gestores estaduais e municipais do SUS (Sistema Único de Saúde). O grupo ligado à emergência deverá propor ao ministério "o acionamento de equipes de saúde, incluindo a contratação temporária de profissionais" e a "aquisição de bens e a contratação de serviços necessários para a atuação" na emergência.

Segundo a pasta dos Povos Indígenas, 570 crianças yanomamis morreram por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, "devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região.

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