A Polícia Civil de Praia Grande, no litoral paulista, investiga de onde partiu e quem foi o responsável por acender o rojão que atingiu e matou uma mulher de 38 anos durante a passagem de ano na cidade. A vítima, que morava no Jardim Elisa, na cidade de São Paulo, havia ido até o local para o Réveillon.
Elisangela Tinem Gonçalves estava na faixa de areia da praia Nova Mirim, quando foi atingida pela explosão do artefato.
A explosão resultou em ferimentos na região do tórax e braço direito da mulher.
Segundo o delegado Alex Mendonça do Nascimento, assistente do 1º DP de Praia Grande, imagens do momento do acidente estão sendo analisadas e depoimentos tomados com a intenção de esclarecer de quem eram os artefatos.
A investigação preliminar apontou que os fogos seriam particulares, descartando que fizessem parte de alguma atividade oficial da prefeitura. Em publicação do dia 27 de dezembro, a gestão municipal detalhou a montagem de seis palcos oficiais para a queima de fogos, que seriam isolados em estruturas na faixa de areia, seguindo todas as normas de segurança necessárias, conforme o texto.
"A gente conseguiu algumas imagens que estamos trabalhando. A priori, não foram fogos da prefeitura. Pessoas que acabaram não cumprindo o que determina a legislação, que proíbe soltar fogos nessa situação", disse Nascimento.
Um primo de Elisangela também se machucou. Ele foi atingido por estilhaços no momento da explosão.
Conforme o boletim de ocorrência, policiais militares foram até o local e encontraram a mulher ferida. Um homem de 41 anos, que se identificou como primo da vítima, informou que, durante a queima de fogos, um rojão se prendeu no corpo da mulher e explodiu antes que ele conseguisse retirar.
De acordo com a Prefeitura de Praia Grande, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas constatou a morte da mulher no local.
Praia Grande possui uma lei que prevê a proibição do manuseio, da utilização, da queima e da soltura de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos com estampido em todo o território do município.
O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária de Praia Grande como homicídio e lesão corporal culposa (sem intenção).
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