O temporal que castigou a capital paulista e parte da Grande São Paulo nesta terça-feira (7) deixou ao menos duas vítimas. As duas pessoas foram levadas pela força das águas. Um foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (8), em Osasco, o outro, que sumiu da zona leste, segue desaparecido.
Segundo a capitã Kelly, oficial de operações do Corpo de Bombeiros, um homem foi carregado pela enxurrada na rua Fruta-de-Guariba, na Vila Industrial. Ele caiu no córrego do Oratório, na zona leste, que deságua no rio Tamanduateí.
A capitã disse que moradores da região tentaram salvá-lo, mas não conseguiram e ele acabou sumindo nas águas. Até a noite desta quinta (9), os bombeiros ainda tentavam encontrá-lo. A corporação informou ter realizado as buscas por quase 15 quilômetros entre o córrego do Oratório e o rio Tamanduateí, até chegar ao rio Tietê. No entanto, sem encontrar o corpo. As buscas continuarão na manhã de sexta (10).
Às 17h10, o Corpo de Bombeiros confirmou um outro caso, mas em Osasco. Um homem foi tentar atravessar a enxurrada na rua Flor de Lotus, na região da estação de trem de Quitaúna, da ViaMobilidade, caiu e foi levado pelas águas.
As buscas começaram em seguida, mas, às 20h53, os bombeiros precisaram suspendê-las por causa das condições do tempo. As equipes retomaram as buscas na manhã desta quarta (8).
Por volta das 6h30, moradores encontraram um corpo boiando no córrego próximo à estação, antes da chegada dos bombeiros, e o retiraram da água. Uma familiar confirmou que o corpo era o do homem carregado pela enxurrada.
Até a 1h30, na capital e na região metropolitana, a corporação disse ter recebido 76 chamados para quedas de árvores e 158 para enchentes, principalmente, nos bairros de São Miguel, Carrão, Cidade Ademar, Belém e Ipiranga, além de dez chamados para deslizamentos ou desabamentos.
Um desses chamados foi para tirar os alunos de uma perua escolar que estava presa na enchente na região de Itaquera.
Com a diminuição da intensidade da chuva, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo anunciou o fim do estado de atenção para alagamentos às 17h34, embora ainda houvesse 29 pontos intransitáveis e 13 transitáveis na cidade.
Franco da Rocha
A cidade de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, amanheceu com ruas cobertas de lama como reflexo da forte chuva que atingiu o município na tarde e noite de terça-feira (7).
A cidade tem um acumulado de 72,5 mm de chuva, nas últimas 24 horas, de acordo com a prefeitura.
A água que estava acumulada nas ruas centrais escoou durante a madrugada e deixou grande quantidade de lama nas vias. A prefeitura informou que já iniciou uma operação para limpeza das ruas.
A chuva deixou 19 famílias desalojadas por conta de um prédio de apartamentos que foi parcialmente desocupado na noite de ontem. A Defesa Civil fará uma nova vistoria, às 9h, para orientar as medidas a serem tomadas.
O prédio foi interditado preventivamente devido à instabilidade de talude nos fundos do terreno.
Segundo a prefeitura, desde o início do ano passado, estão sendo construídos, em parceria com o governo do estado, dois piscinões para mitigar os problemas com enchentes e alagamentos na cidade. A previsão de conclusão é de 24 meses
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