Descrição de chapéu Obituário Yvonne Cutait (1926 - 2023)

Mortes: Acolhedora e generosa, fez do amor uma missão

Ao longo de sua trajetória, Yvonne Cutait praticou a solidariedade

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São Paulo

Yvonne Cutait fez da sua passagem terrena uma missão chamada amor. Espalhou generosidade sem pedir nada em troca. Acolheu quem precisou. Essas são as referências que deixou à família, aos amigos e a todos que cruzaram seu caminho.

Natural de São Paulo, Yvonne era filha de imigrantes vindos da Síria no início do século —a sexta de sete filhos de Rachid e Nazira.

Casou-se com o cirurgião Daher Cutait (1913-2001), de quem foi a grande companheira por mais de 50 anos. Os dois tiveram quatro filhos, um já falecido.

Yvonne Cutait no lançamento do livro de Bianca Cutait na Fiesp
Yvonne Cutait no lançamento do livro de Bianca Cutait na Fiesp - Mastrangelo Reino - 25.abr.2011/Folhapress

"Ela sempre deu muita força a ele. Como meu pai não ficava muito presente no dia a dia da casa, ela cuidava da casa e dos filhos, com muita alegria. Às vezes, foi meio mãe e meio pai", diz filho Raul Cutait, professor de Cirurgia da Faculdade de Medicina da USP, membro da Academia Nacional de Medicina e cirurgião digestivo do Hospital Sírio-Libanês.

Em 1965, Daher Cutait foi mentor da criação Sírio-Libanês e o primeiro diretor clínico. Yvonne também doou parte do seu tempo ao hospital, principalmente nos assuntos voltados à filantropia.

Ela foi uma das primeiras voluntárias, segundo o Hospital Sírio Libanês. Semanalmente, na própria casa, comandava um grupo de mulheres que faziam bainhas nos lençóis e costuravam camisolas hospitalares para os pacientes internados e atendidos pela filantropia.

Em nota, a SBPC (Sociedade Brasileira de Coloproctologia) citou a importância da participação de Yvonne Cutait nos congressos, ao agregar as esposas dos médicos. Raul Cutait presidiu a SBCP, entidade que teve seu pai como um dos fundadores.

Mulher das artes, no piano e na pintura, Yvonne era amorosa, afetiva, gentil, humilde e resiliente. Foi o porto seguro da família, sempre com sensibilidade.

Yvonne Cutait morreu no dia 3 de fevereiro, aos 97 anos, de causas naturais. Deixou três filhos, três noras, dez netos e 11 bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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