Escola atacada teve ao menos 3 episódios de agressão e bullying em uma semana, contam pais

Em um dos casos, adolescente agressor deu um soco em um aluno mais novo e teria dito que era para 'desestressar'

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A escola estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, onde um adolescente de 13 anos atacou professoras e alunos com uma faca nesta segunda-feira (27), teve uma sequência de brigas e casos de bullying na semana passada, segundo pais e alunos da unidade.

O adolescente que matou uma professora a facadas e deixou cinco feridos havia participado de duas agressões. Além disso, houve um caso de bullying que envolveu alunos mais novos, na qual o autor do ataque não se envolveu.

Estudantes participam de velório da professora Elisabeth Tenreiro, 71, no cemitério do Araçá, em São Paulo; docente foi morta por aluno de 13 anos - Bruno Santos/Folhapress

Na quinta (23), o adolescente de 13 anos deu um soco no rosto de um garoto mais novo, de 11 anos. Segundo a mãe do aluno que sofreu a agressão, o agressor afirmou que estava "com raiva e precisava desestressar". Dias depois, ele entraria na escola com uma faca para atacar alunos e professores.

Esse episódio somou-se a outro, também na semana passada, em que o agressor fez ofensas racistas a um colega da mesma turma, dando início a uma briga que foi apartada pela professora Elisabeth Tenreiro, 71, que morreu esfaqueada no ataque desta segunda. Essa briga foi relatada por um aluno que presenciou a cena.

A escola convivia com casos de bullying em mais de uma turma.

Na quarta (22), alunos do 6º ano se envolveram num caso de bullying que motivou a ida de pais dos estudantes à escola. A vítima, nesse caso, era o mesmo aluno que, no dia seguinte, tomaria um soco do autor das facadas.

Sobre as providências da escola após o soco, o pai do aluno que sofreu a agressão contou que a direção da unidade afirmou que chamaria os pais do adolescente para uma conversa. A diretora também teria tido uma conversa com o agressor, ainda de acordo com o relato desse pai.

O menino de 11 anos que levou o soco se tornou neste ano um jovem acolhedor, ou seja, alguém que recebe alunos novos que chegam à unidade e mostra a eles o funcionamento da escola. Após a agressão que sofreu, ele estava com medo de ir à escola na sexta e na segunda-feira, conforme relatou a mãe.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.