Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Operação policial deixa 13 mortos no Complexo do Salgueiro, no RJ

Entre eles está Leonardo Costa Araújo, suspeito de comandar ataques a agentes no Pará

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Rio de Janeiro

Treze pessoas morreram em operação das policiais civis do Rio de Janeiro e do Pará nesta quinta (23), no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Segundo a polícia, todos teriam envolvimento com o crime.

Entre os mortos está o principal alvo da operação, Leonardo Costa Araújo, conhecido como Léo41. Ele é apontado como chefe do Comando Vermelho do Pará. Escondido no Rio de Janeiro, ele coordenaria assaltos e ataques a comunidades da zona oeste da cidade.

 Veículo blindado em operação no Complexo do Salgueiro
Veículo blindado em operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio - Reprodução/TV Globo

Léo 41 também seria o responsável por uma série de ataques a agentes de segurança pública no Pará, no ano passado.

"A principal facção que atua no Pará tem hoje os seus líderes e os principais membros fora do estado, determinando ataques especialmente a agentes de segurança pública e também praticando extorsões contra comerciantes, levando obviamente a sociedade a um estado de de pânico", disse a delegada Daniela Santos, delegada-geral da Polícia do Pará, em coletiva de imprensa no Rio.

A polícia não quis dar detalhes do motivo da migração dos traficantes. No entanto, afirmou que eles comandam o tráfico no Pará e em outros estados sem concorrer com a venda de drogas no Rio.

Sobre o número de mortos na operação do Salgueiro, o delegado Fabrício Oliveira, da Core, afirmou que a região é muito violenta.

"É um local que a gente não pode operar com viatura policial. A gente tem que atuar somente com veículos blindados que suportam disparos de armas de guerra. Então, foi uma operação de muita violência por parte desses criminosos e os policiais que atuaram naquele local conseguiram responder a essas agressões, e esses criminosos que foram neutralizados atacaram", disse.

De acordo com o Hospital Estadual Alberto Torres, até o momento 16 pessoas baleadas foram internadas em seu centro de trauma. Dessas, 13 morreram. A operação terminou no final da tarde.

Duas moradoras, de 52 e 56 anos, e um homem foram feridos na troca de tiros e encaminhadas para uma unidade hospitalar. Não há informações do estado de saúde deles.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está no Rio em agenda oficial, mas não se manifestou a respeito da ação policial.

A operação ocorreu dez dias depois da visita do ministro da Justiça, Flávio Dino, a uma ONG no Complexo da Maré, conjunto de favelas distante cerca de 40 km do Salgueiro, mas predominantemente de influência da mesma facção criminosa.

Pela manhã, a PM prendeu um suspeito de chefiar o tráfico de drogas no Sergipe. Ele estava na Maré, zona norte da capital fluminense. A ação ocorreu em cojunto com a polícia civil do Sergipe, que já monitorava o criminoso há 20 dias.

Em nota, a Polícia Civil disse que contou com o apoio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e que "o objetivo das diligências é o cumprimento de mandados de prisão e apreensão".

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