Descrição de chapéu Rio de Janeiro

RJ anuncia aplicativo com 'botão de pânico' contra ataques em escolas

Policiais também vão treinar professores; medidas foram anunciadas após casos de violência no RJ e em SP

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Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira (30) a criação de um aplicativo com botão de pânico e treinamento para professores em caso de ataques em escolas públicas e privadas. A promessa é que o app intitulado Rede Escola, desenvolvido pela Polícia Militar, seja lançado em um mês.

A medida ocorre após o ataque feito por um adolescente de 13 anos a uma escola estadual de São Paulo na última segunda-feira (27) e uma tentativa de ataque com faca em uma escola na zona sul do Rio, na última terça (28).

"Assim que vimos aquela cena lamentável de São Paulo, pensamos na ideia de criação de um plano de segurança para as escolas. Além da preocupação com as operações perto das escolas, há a preocupação com a segurança dos alunos dentro do ambiente escolar", afirmou o governador Cláudio Castro (PL).

Imagem colorida mostra em primeiro plano o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sentado e falando ao microfone. Ele tem a pele clara e cabelos escuros.
Governador Cláudio Castro anunciou medidas para reforçar segurança nas escolas nesta quinta-feira (30) - Divulgação/Governo do EstadoRJ

O projeto foi apresentado nesta quinta em uma reunião com representantes da educação do estado e do município. A ideia é que os alunos e professores possam comunicar rapidamente às autoridades policias situações de risco. O controle do aparelho no ambiente da sala de aula, no entanto, será monitorado e administrado pelos docentes.

O aplicativo, segundo Castro, estará disponível para escolas públicas nas redes municipal, estadual e federal, e também nas particulares. Por meio do botão de emergência, a escola poderá fazer denúncias e acionar a PM no número 190.

O objetivo é que o aplicativo funcione aos moldes do Rede Mulher, app que atende vítimas de violência no estado desde outubro.

O Rede Escola também terá, segundo o governo, outras funções. Estarão disponíveis palestras, informações e materiais ligados ao combate à violência.

O Bope (Batalhão de Operações Policiais Especial) e a Core (Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais) vão elaborar um treinamento para que os professores aprendam estratégias de negociação para aplicar nas escolas em caso de ataques.

Além disso, também nesta quinta-feira, foi criado o Comitê Permanente de Segurança Escolar para que representantes dos colégios levem reivindicações às polícias e discutam a criação de outras estratégias.

Ataques recentes

Dois casos ocorreram em menos de uma semana no estado. Na última sexta-feira (24), um jovem de 17 anos foi apreendido por suspeita de planejar um ataque a um colégio na capital fluminense.

A operação foi deflagrada após a polícia se deparar com vídeos do jovem publicados na internet em que ameaçava professores e colegas da escola. A ação contou com a Polícia Civil, a Polícia Federal e a Interpol, responsável por fazer o alerta.

Já nesta terça (28), a polícia apreendeu outro adolescente de 15 anos que tentou esfaquear colegas numa escola municipal na zona sul da cidade.

Em São Paulo, na segunda-feira, uma professora morreu após ser atacada a facas por um aluno de 13 anos. Outras três professoras e um aluno também foram agredidos. O adolescente foi apreendido.

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