Descrição de chapéu transporte público

Sindicato dos Metroviários registra boletim de ocorrência sobre ameaças

Presidente da entidade, Camila Lisboa relata ter recebido intimidação por rede social

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São Paulo

O Sindicato dos Metroviários registrou na manhã desta quarta-feira (29) um boletim de ocorrência devido a ameaças de morte recebidas pela presidente Camila Lisboa depois da greve da categoria nos dias 23 e 24 de março.

O boletim foi registrado na Delegacia de Crimes Cibernéticos, no centro de São Paulo.

Segundo o sindicato, três ameaças foram feitas por rede social, por meio de mensagens particulares enviadas via Instagram.

A imagem mostra um grupo de pessoas segurando uma bandeira
Grupo de sindicalistas após registrar boletim de ocorrência em delegacia - Divulgação/Sindicato dos Metroviários

Imagens de dirigentes sindicais também circularam nas redes sociais acompanhadas de ofensas e posicionamentos contra a greve.

"As ameaças de morte que recebi revelam grave conteúdo misógino e racista, característico da extrema-direita. Desde já reafirmamos que essas ameaças não irão nos calar", disse Camila.

O sindicato cobra que o poder público investigue o ocorrido e atue pela proteção dos dirigentes sindicais.

Quando iniciou a greve, o sindicato afirmou que o Metrô não pagava há três anos o abono salarial devido à categoria. Os funcionários pediram reposição do equivalente à participação nos lucros de 2020 a 2022.

Para encerrar a greve, os metroviários aceitaram a proposta apresentada pelo Metrô para o pagamento, em abril, de abono salarial no valor de R$ 2.000, além da instituição do PPR (Programa de Participação nos Resultados) de 2023, a ser pago em 2024.

"A gente acha a proposta muito ruim, um desrespeito com a categoria que trabalhou durante a pandemia, que está sofrendo nas estações com pouquíssimos funcionários. A gente merece muito mais do que isso", discursou a presidente do sindicato durante a assembleia.

Contudo, ela defendeu que a proposta da companhia fosse aceita pelos trabalhadores.

"Estou defendendo a gente aceitar essa proposta, com todas as críticas que ela merece, mas para a gente sair por cima. Porque nós temos uma campanha salarial daqui a duas semanas. Vai começar um novo enfrentamento. A gente quer sim um reajuste na campanha salarial, a gente quer sim melhorar o nosso acordo coletivo e a gente já viu que vai enfrentar um governo duríssimo", afirmou.

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