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Akará, Jaci, Tupã e Caiobá: Marinha escolhe novos nomes em tupi para ciclones no Brasil

Lista vai identificar ciclones tropicais e subtropicais que possam atingir a costa brasileira

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São Paulo

A Marinha do Brasil atualizou a lista de nomes de ciclones tropicais e subtropicais que poderão atingir a costa brasileira.

A relação, com 32 nomes em tupi-guarani, está em vigor desde 1º de março passado e foi publicada em portaria do Ministério da Defesa e da Diretoria de Hidrografia e Navegação que aprovou a revisão de Normas da Autoridade Marítima para as Atividades de Meteorologia Marítima.

Alagamento no rio Tavares, em  Florianópolis, causado pela passagem de um ciclone extratropical no estado
Alagamento no rio Tavares, em Florianópolis, causado pela passagem de um ciclone extratropical no estado - Patrícia Pamplona - 10.ago.22/Folhapress

A nomenclatura é para ciclones que possam atingir a Metarea 5, área de responsabilidade do Brasil, perante a OMM (Organização Meteorológica Mundial), para a qual o Serviço Meteorológico Marinho emite avisos de mau tempo e previsões meteorológicas aos navegantes e à comunidade marítima.

De acordo com a organização mundial, a forma pela qual os ciclones são chamados é regida por práticas regionais e locais, mas que, em geral, seguem um padrão.

Além da Marinha, a escolha de nomes em tupi foi decidida em conjunto com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a Força Aérea Brasileira, e o CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Uma atualização é feita ao se atingir o final da relação de nomes anterior.

O último ciclone nomeado pela Marinha foi a tempestade subtropical Yakecan, entre 16 e 19 de maio de 2022, o 16º a atingir a costa brasileira desde o Arani, em 14 de março de 2011, que abriu a lista de nomenclatura anterior, criada a partir do furacão Catarina, que provocou três mortes no Sul do país em 2004.

Inicialmente chamada de ciclone, Yakecan foi reclassificada como tempestade subtropical pela Marinha quando a Defesa Civil Nacional emitiu alerta sobre o fenômeno.

Ambos —tempestade subtropical e ciclone— são sistemas de baixa pressão atmosférica que se movimentam em sentido horário no Hemisfério Sul, mas a magnitude das tempestades é maior.

No mundo, a nomeação de ciclones começou por volta dos anos 1900. Nomes femininos eram adotados para todo tipo de ciclone de forma arbitrária e sem regra. Os nomes masculinos foram inseridos no fim do século 20 e passaram a intercalar com os femininos.

Mais tarde, no mesmo século, meteorologistas decidiram que era hora de melhorar essa classificação e passaram a usar listas em ordem alfabética.

O método facilita não somente a nomeação, m as também a compreensão de quantos outros ciclones ou furacões foram registrados anteriormente naquele mesmo ano.

VEJA A LISTA DE NOMES PARA FUTUROS CICLONES

  1. Akará (Espécie de peixe)
  2. Biguá (Ave marinha)
  3. Caiobá (Habitante da mata)
  4. Endy (Luz do fogo)
  5. Guarani (Guerreiro)
  6. Iguaçú (Rio grande)
  7. Jaci (Lua)
  8. Kaeté (Mata virgem)
  9. Maracá (Instrumento indígena)
  10. Okanga (Madeira)
  11. Poti (Camarão)
  12. Reri (Ostra)
  13. Sumé (Deus da agricultura)
  14. Tupã (Deus do trovão)
  15. Upaba (Lagoa)
  16. Ybatinga (Nuvem)
  17. Aratu (Caranguejo)
  18. Buri (Palmeira)
  19. Caiçara (Cerca)
  20. Esapé (Iluminar)
  21. Guaí (Pássaro)
  22. Itã (Concha)
  23. Juru (Foz)
  24. Katu (Bondade)
  25. Murici (Arbusto do cerrado)
  26. Oryba (Felicidade)
  27. Peri (Planta d'água)
  28. Reia (Realeza)
  29. Samburá (Cesto indígena)
  30. Taubaté (Pedras altas)
  31. Uruana (Tartaruga do mar)
  32. Ytu (Cachoeira)
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