Governo de PE afasta dois policiais filmados agredindo mulher

Militares ficarão por 120 dias fora das atividades; período pode ser prorrogado

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Recife

O Governo de Pernambuco afastou das funções, por 120 dias, dois policiais militares envolvidos numa agressão a uma mulher em Primavera, a 81 km do Recife, no interior do estado.

Publicada em boletim da Secretaria de Defesa Social nesta terça-feira (18), a medida é assinada pela secretária Carla Patrícia.

De acordo com a secretaria, a medida visa "garantir a ordem pública, a instrução regular do processo disciplinar e a viabilização da correta aplicação de sanções disciplinares, já que recaem sobre eles indícios de práticas de atos incompatíveis com as funções públicas".

PMs agridem uma mulher em rua de Primavera, no interior de Pernambuco - - Reprodução/TV Globo

Foram afastados o sargento Ademir Sena da Silva e o cabo Elias dos Santos Rafael. O afastamento pode ser estendido por mais 120 dias ao final do período inicial.

Os agentes foram filmados enquanto agrediram com socos e tapas Nadiane Kênia da Silva Ramos, 25, no último sábado (15) em uma rua de Primavera. A vítima registrou um boletim de ocorrência contra os policiais.

As imagens mostram que um dos policiais desferiu quatro agressões contra a mulher, enquanto o outro deu um tapa.

A determinação também diz que a Polícia Militar deve, em até 24 horas, recolher as respectivas identificações funcionais dos militares afastados e as armas e utensílios funcionais que porventura se encontrem à disposição dos agentes agora afastados.

O cabo e o sargento podem comparecer diariamente a setores que forem indicados em caso de determinação do comandante do batalhão ao qual prestam serviço.

A PM pode liberar os militares para atividades administrativas após o prazo de afastamento e eventual prorrogação, conforme a portaria, sem que haja conclusão do processo administrativo em curso.

Nesse cenário, a corporação pode devolver os instrumentos retidos e conceder-lhes novas carteiras de identidade funcional, nas quais deverá constar restrição ao porte de arma, até decisão do mérito disciplinar do Conselho de Disciplina, de acordo com o documento.

A reportagem procurou a Polícia Militar de Pernambuco para tentar ouvir a versão dos agentes afastados, mas não recebeu resposta da corporação.

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