Descrição de chapéu Obituário Márcio Antonio Brunetto (1978 - 2023)

Mortes: Veterinário, foi referência internacional em nutrição de cães e gatos

Professor da USP, Márcio Antonio Brunetto era reconhecido pelo seu trabalho de pesquisa

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São Paulo

A paixão de Márcio Antonio Brunetto por animais veio desde criança, quando morava em Abelardo Luz, no interior catarinense, onde nasceu.

Ainda no Sul do país começou a ganhar gosto pelos estudos. Primeiro, em escola pública de sua cidade, depois em colégio agrícola no Paraná e na faculdade de veterinária em Lages (SC).

No entanto, foi no estado de São Paulo, onde fez seus cursos de pós-graduação, primeiro em Jaboticabal, na Unesp, e depois na USP, em Pirassununga e na própria capital paulista, que se tornou referência internacional em nutrição de cães e gatos.

Márcio Antonio Brunetto
Márcio Antonio Brunetto (1978 - 2023) - Reprodução/Instagram

Apesar de jovem, tinha vasto currículo acadêmico. Brunetto, entre outros, era docente do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, em Pirassununga, e vice-diretor do Hospital Veterinário da faculdade, em São Paulo, além de ser vice-coordenador da Sociedade Brasileira de Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos e integrar a American Society for Nutrition, dos Estados Unidos.

"Ele sempre priorizou estudo e pesquisa para beneficiar pessoas e animais, era vocação, só se dedicou a isso", afirma a pedagoga Mirtes Lurdes Brunetto Rizzotto, 59, irmã mais velha do professor.

Fluente desde novo em inglês e espanhol, Brunetto conheceu o mundo por causa de suas palestras. Viajou diversas vezes para a Europa, por exemplo, e se encantou com a Áustria.

De acordo com Mirtes, o irmão caçula tinha como característica a retidão e não gostava de ostentar. Não tinha carro. Dizia que precisava apenas de transporte público, como metrô, ou de táxi.

Férias, só tirava por alguns dias, quando ia ao Sul visitar a família nas festas de fim de ano. Nos poucos períodos de lazer, gostava de assistir a boas peças de teatro.

Brunetto nunca se casou e levava uma vida saudável, cuidava de sua alimentação e fazia exercícios físicos regularmente.

No último dia 8, Sábado de Aleluia, foi à academia se exercitar e à noite ligou para a irmã, que passava a Páscoa com a mãe, Gualdina, 83, e ficou mais de uma hora no telefone com elas.

No dia seguinte, sentiu um desconforto no braço esquerdo e foi a um hospital de Pirassununga. Enquanto esperava pelo resultado de exames de sangue, teve um infarto fulminante.

A morte prematura, aos 44 anos, chocou instituições, faculdades e profissionais de veterinária.

"Brunetto foi uma referência na sua área de atuação, colaborando significativamente para o desenvolvimento da pesquisa e da ciência em nosso país", publicou o Instituto Federal do Triângulo Mineiro em seu site.

Márcio Antonio Brunetto morreu no dia 9 de abril. Deixou a mãe, Gualdina, as irmãs Mirtes e Mari Terezinha, e os sobrinhos Ricardo e Rosana.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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