Descrição de chapéu Obituário Adriana Martelletti Iassuda Nogueira (1968 - 2023)

Mortes: Professora, praticou a educação com afeto

Adriana Iassuda via o melhor em todos e foi guia para alunos e pais por três décadas

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Curitiba

A paulista Adriana Martelletti Iassuda Nogueira iniciou sua carreira como educadora aos 19 anos. Na trajetória, passou pelos cargos de coordenadora, orientadora, diretora e proprietária de colégios em São Paulo.

Era a primeira a chegar e a última a sair de sua atual escola, Itatiaia, na capital paulista. Seu sócio e amigo, Carlos Lavieri, recorda que "a escola era a vida da Didi", nome pelo qual era conhecida.

A professora tinha um jeito acolhedor e o diálogo sempre aberto para os alunos e as famílias. "Era mãe de muita gente. Tinha uma relação muito próxima com a equipe também. Muito sincera e aberta", diz o amigo.

Adriana Iassuda (1968 - 2023)
Adriana Iassuda (1968 - 2023) - Escola Itatiaia/Divulgação

A conversa era seu principal instrumento. "Didi era muito boa de escuta. Fazia isso maravilhosamente bem."

Carlos lembra que a professora foi "o chão e o céu" para muita gente. "Conseguia orientar e ser ouvida, permitia que os alunos voassem. Ela vem de uma pedagogia plena."

A arte do ouvir também é lembrada pela amiga Regina Rizzo, que trabalhou com Adriana por 32 anos. "Muito comunicativa, conversava bastante com as crianças e ouvia as dificuldades delas."

Regina conta que o falecimento levou a um trabalho com os alunos sobre luto. Em agosto, está prevista uma homenagem organizada pela comunidade escolar. Uma árvore em sua memória será plantada no jardim da escola.

Com generosidade e empatia, Adriana conquistava todos. Adorava organizar e realizar festas na escola, ao lado da amiga Jerusa Ávila. "Era muito ativa, participava de tudo e ficava até o final das festas; brincava com as crianças, com quem tinha que comemorar todos os aniversários."

Jerusa afirma que Didi sempre foi uma pessoa que enxergava além das outras, vendo o melhor de todo mundo. "Era muito sensível, acreditava nas pessoas e praticava uma educação com afeto."

O mesmo é percebido na família de Adriana, como conta sua prima-irmã Andrea Martelletti. "Didi deixou um legado lindo. A educação sempre foi a vida dela. Foi brilhante e deu oportunidade para muita gente", diz, lembrando que foi sócia da prima no início de sua carreira. "Abrimos uma escola e foi muito orgulho para nós duas, foi uma sociedade alegre e produtiva."

Adriana era intensa, adorava viajar e estava sempre sorrindo e vendo o lado positivo, valorizando as coisas simples da vida, como estar rodeada por quem amava, inclusive seus cachorros.

Mesmo tendo descoberto a doença em dezembro, "a forma como encarou tudo foi inspiradora, teve uma clareza impressionante", ressalta a prima.

"Ela nos disse que não estava com medo, não estava com raiva, só achou uma pena, pois teria muita coisa pra fazer ainda. Foi muito iluminada", diz Andrea, emocionada.

Adriana morreu no dia 21 de maio, em São Paulo, de câncer no abdômen. Deixa a mãe, o marido, um irmão, três primos-irmãos, uma sobrinha e uma escola toda com saudades.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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