Professora é suspeita de insultar policial que dava palestra sobre racismo em escola

Docente de escola estadual em Pinhais, no Paraná, foi indiciada e afastada do cargo; caso foi relatado por estudantes

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Belo Horizonte

Uma professora do ensino médio da rede estadual do Paraná em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, foi indiciada pela Polícia Civil por suspeita de injúria em razão de raça, cor ou etnia contra uma policial militar que havia acabado de dar palestra sobre racismo em sala de aula.

O caso foi relatado por estudantes no fim de junho no Colégio Estadual Leocádia Braga Ramos após a vítima, a soldado Luci Alves, falar sobre racismo, homofobia e importância do respeito entre alunos, professores e funcionários, a convite da direção do estabelecimento de ensino.

A professora, que não teve o nome divulgado pela Secretaria de Estado de Educação, foi afastada do cargo e submetida a sindicância. A reportagem não conseguiu contato com ela.

"Caso comprovado o ato racista, a professora autora do fato responderá a processo administrativo disciplinar correndo o risco, inclusive, de destituição do cargo", afirmou a secretaria, em nota.

A foto mostra a soldado Luci Alves, que pode ter sido vítima de racismo no Paraná.
A soldado Luci Alves, que denunciou professora da rede pública estadual do Paraná por suspeita de racismo - Reprodução SBT

Estudantes procuraram a soldado depois da palestra e afirmaram que a professora a havia chamado de "macacona" assim que ela deixou a sala de aula. A partir disso, a soldado fez um boletim de ocorrência.

Imagens de câmera dentro da sala de aula mostram o momento em que a policial deixa o local com um colega.

A professora aparece sentada à mesa e parece fazer o gesto com dedo na garganta que demonstra nojo. Em seguida, se levanta e faz gestos que lembram os de macacos.

A Polícia Civil do Paraná informou nesta sexta (14) que concluiu o inquérito. "A mulher foi indiciada pelo crime de injúria em razão de raça, cor ou etnia. Ela irá responder em liberdade e, caso seja condenada, pode pegar de 2 a 5 anos de reclusão e multa", informou a corporação.

A secretaria de estado de Educação, em seu posicionamento, disse ainda lamentar o incidente e que repudia veementemente qualquer manifestação racista, defendendo a educação de inclusão e respeito à diversidade.

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