Avião que se acidentou no Amazonas tinha passageiros de Goiás e MG; veja quem eram

Ao todo 14 pessoas morreram, incluindo piloto e copiloto; local é destino de pesca esportiva

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Salvador e São Paulo

O avião de pequeno porte que se acidentou no sábado (16) no município de Barcelos (a cerca de 400 km de Manaus) levava 12 passageiros e dois tripulantes. Nenhum dos ocupantes da aeronave sobreviveu.

Neste domingo (17), o governo do Amazonas recebeu a lista com os nomes dos 12 passageiros, repassada pela Manaus Aerotáxi, empresa responsável pelo avião. O nome completo dos dois tripulantes não foi divulgado: o piloto foi identificado pelo sobrenome Souza e o copiloto como Galvão.

Fernando Luiz Galvão Bezerra, comandante na Manaus Aerotáxi, confirmou na tarde de domingo (17) que seu filho, Fernando Galvão, era copiloto da aeronave.

Entre os ocupantes do modelo Bandeirante também estava o médico Roland Montenegro Costa, homenageado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. "Brasília perde um nome histórico de sua medicina. Eu perco um amigo", escreveu.

Euri Paulo dos Santos

Empresário do setor de telecomunicações, era morador de Uberlândia (MG) e amigo de Heudes Freitas, com quem trabalhou na Ensel Engenharia.

Fábio Campos Assis

Morador de Anápolis (GO).

Fábio Ribeiro

Morador de Uberlândia.

Fernando Galvão (copiloto)

Fernando Galvão era copiloto da aeronave que caiu em Barcelos - Reprodução/Fernando Galvão no Facebook

Natural de Fortaleza e morador de Manaus, Galvão seguiu os passos do pai, o comandante Fernando Luiz Galvão Bezerra, também funcionário na Manaus Aerotáxi.

"Vai ser duro e difícil, mas por nós irei conseguir. Te amarei eternamente", escreveu Bezerra em suas redes sociais.

Gilcresio Salvador Medeiros

O empresário de 74 anos teve sua morte confirmada pela Pousada Serra da Mesa, em Niquelândia (GO), da qual era dono. Ele era apaixonado pela pesca esportiva e vivia há mais de 20 anos às margens do lago Serra da Mesa, onde construiu o empreendimento.

"O que nos conforta é saber o quão querido o Gil foi por todos! Gil, uma pessoa inenarrável! Quem teve o privilégio de o conhecer, teve a sorte de conviver com um ser humano ímpar (de um coração gigante!).
Nunca mediu esforços para ajudar (e fazia pelo bem que sentia em poder dar a mão para quem quer que fosse)", escreveu a equipe da pousada no Instagram.

Guilherme Boaventura Rabelo

Guilherme Boaventura Rabelo era um dos passageiros do avião que caiu em Barcelos, Amazonas, na tarde de sábado (16) - guilherme_b_rabelo no Instagram

Era sócio em uma empresa de construção civil em Uberlândia que atua no setor de incorporação de empreendimentos imobiliários. Guilherme tinha a pesca esportiva como hobby e, em agosto de 2021, havia feito uma viagem semelhante para Barcelos.

Hamilton Alves Reis

Hamilton Alves Reis viajava para Barcelos para praticar pesca esportiva - Reprodução/Hamilton Reis no Facebook

Natural de Ribeirão Preto (SP), onde se formou em administração, era morador de Uberlândia e um grande apaixonado por pesca esportiva. Também era um gestor nato, segundo o advogado Gabriel Massote, que o representou juntamente com outras dezenas de clientes em uma ação coletiva.

"Para se ter uma ideia, ele fez uma tabela para que cada família pagasse as custas do processo de acordo com sua renda, para permitir que todos pudessem participar. Em alguns casos, ele próprio assumiu as custas de algumas famílias", contou o advogado em seu perfil. "Tenham certeza de que ele deixa um legado muito forte como ser humano, amigo e gestor."

Heudes Freitas

Heudes Freitas deixa a esposa e três filhos - Reprodução/@soaresfreitaseliane

Morador de Uberlândia, era CEO da empresa Solobrasil Sondagens e Fundações.

"Meu pai foi um homem muito trabalhador. Ele saiu de casa aos 14 anos para morar sozinho em Belo Horizonte, serviu um ano na Aeronáutica e depois fez um curso técnico em elétrica", contou à Folha o engenheiro Rômulo Freitas.

Heudes foi funcionário da Algar, da Ensel Engenharia e do grupo Asamar, pelo qual foi convidado a gerenciar um data center em Belo Horizonte. Após cinco anos na capital mineira, voltou para Uberlândia para fundar com Rômulo a Solobrasil. "Iríamos completar 10 anos da nossa empresa."

Além de Rômulo, Heudes deixa a esposa e os filhos Ariane e Igor.

Luiz Carlos Cavalcante Garcia

Marcos de Castro Zica

Morador de Goiás.

Renato Souza de Assis

Renato Souza de Assis era apaixonado por pesca esportiva - Reprodução/Renato Assis no Facebook

Natural de Jataí (GO), formou-se em administração de empresas na PUC-Goiás e morava em Goiânia.

Roland Montenegro Costa

Médico Roland Montenegro Costa foi uma das vítimas em acidente em Barcelos (AM) - Reprodução/Redes Sociais

Graduado pela Faculdade de Medicina da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) em 1978, fez a residência em cirurgia geral no Hospital de Base de Brasília entre 1979 e 1982.

No fim dos anos 80 e início dos anos 90, realizou estágios em transplante de órgãos e cirurgia de fígado, pâncreas e vias biliares nos Estados Unidos e na Alemanha.

Costa atuou por anos como cirurgião em hospitais públicos e, entre 2000 e 2011, foi chefe da unidade de cirurgia geral do Hospital de Base. Entre 2000 e 2004, chefiou também a unidade de transplante de fígado.

Em 2005, ele recebeu o título de cidadão honorário de Brasília e, atualmente, ocupava a cadeira nove da Academia de Medicina de Brasília.

Sua morte gerou homenagens, entre elas postagens do ministro do STF Gilmar Mendes e do deputado distrital Jorge Viana (PSD).

"Roland era médico cirurgião do aparelho digestivo, destacou-se como pioneiro dos transplantes em Brasília, atuava em consultório particular e operava em diversos hospitais da cidade. Além disso, exerceu a função de professor de ensino em Cirurgia Geral no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)", destacou o deputado em nota de pesar. "Que sua memória e legado continuem a inspirar todos aqueles que seguem na jornada da medicina."

Witter Ferreira de Faria

Witter Ferreira de Faria morreu no acidente em Barcelos (AM) - Reprodução/Irriplan Máquinas Uruaçu no Facebook

Era empresário do setor de agronegócio, dono de uma fazenda em Niquelândia (GO).

Em agosto, ele gravou um vídeo homenageando o pai, falecido há dois anos, e contando um pouco de sua relação com a terra e a família. "Ele [meu pai] nos criou na roça, em oito alqueires de chão que ele comprou com o suor", recordou Faria.

"Meu pai sempre foi um homem de respeito, que sempre respeitou os vizinhos. Era um homem muito sistemático, e eu tenho muito disso dele. Às vezes, a gente é até tachado de chato", afirmou. [Ele] Me instruiu a ser um homem trabalhador e respeitar os outros, mas também gostar de ser respeitado".

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