Morre o carnavalesco Max Lopes, campeão com 'Liberdade! Liberdade!'

Conhecido como 'o mago das cores', ganhou títulos com Mangueira e Imperatriz Leopoldinense

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Rio de Janeiro

Morreu neste sábado (23) o carnavalesco Max Lopes, que foi campeão do Carnaval carioca pela Mangueira e pela Imperatriz Leopoldinense. Ele vivia em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro e tratava um câncer.

Conhecido como o "mago das cores", Max Lopes foi o primeiro campeão no sambódromo da Sapucaí, que foi inaugurado em 1984, com o desfile "Yes, nós temos Braguinha", da Mangueira. Pela escola, também venceu em 2002, com "Brasil com Z é pra cabra da peste, Brasil com S é nação do Nordeste".

"O único carnavalesco supercampeão", escreveu a escola em rede social. "Obrigada, Mago. Sua história será reverenciada e lembrada pra sempre, a Mangueira jamais te esquecerá!"

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O carnavalesco Max Lopes em ensaio da Imperatriz Leopoldinense no Sambódromo do Rio de Janeiro, em 2010 - Ricardo Almeida/Wikimedia Commons

Lopes também foi campeão com a Imperatriz Leopoldinense, com o enredo "Liberdade! Liberdade! Abra as asas sobre nós", em, 1989. Foi nessa escola que ele fez sua estreia em desfiles do Grupo Especial do Carnaval carioca, em 1977, com "Viagem fantástica às terras de Ibirapitanga".

"Todos os Leopoldinenses lhe agradecem por toda dedicação ao nosso pavilhão", escreveu a Imperatriz. "A diretoria da Rainha de Ramos deseja muita força aos familiares e amigos. Que seja feita uma passagem de muita luz."

Segundo a Secretaria de Saúde de Maricá, o carnavalesco estava internado no Hospital Municipal Conde Modesto desde o dia 24 de agosto, com um quadro de instabilidade hemodinâmica e insuficiência renal aguda, em decorrência de um câncer de próstata avançado.

Neste sábado, o quadro evoluiu para insuficiência múltipla dos órgãos. No fim da noite, teve uma parada cardiorrespiratória.

Max Lopes assinou seu primeiro desfile, "Mar baiano em noite de gala", em 1976, pela escola de samba Unidos de Lucas. Ele chegou a ser campeão também do grupo de acesso do Carnaval carioca em 1990, com "Só vale o escrito", pela Unidos do Viradouro.

No ano seguinte, já pelo Grupo Especial, fez com a Viradouro uma homenagem em vida a Dercy Gonçalves, que desfilou no alto de um carro alegórico com os seios de fora.

Ao todo, assinou 45 desfiles, dez deles na Mangueira, escola em que esteve por mais tempo. Também foi responsável por desfile no Carnaval de São Paulo, em 2013, com "Ser fiel é a alma do negócio", da Gaviões da Fiel.

"O Carnaval se despede hoje do "Mago das Cores", Max Lopes, o primeiro carnavalesco campeão do Sambódromo no grupo principal, que emprestou o talento para brilhar por diversas escolas de samba", escreveu a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro).

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