Sâmia Bomfim pede celeridade em investigação sobre assassinato do irmão: 'Estamos destroçados'

Médico foi baleado com colegas em quiosque no Rio; deputada agradeceu a mensagens de apoio

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Brasília

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) fez um agradecimento público pelas mensagens de carinho que recebeu após o assassinato de seu irmão no Rio de Janeiro. Ela também pediu que as autoridades atuem com celeridade na investigação do caso.

"Eu e minha família agradecemos por todas as mensagens de solidariedade. Expresso também nossas condolências aos familiares de Marcos e Perseu. Meu irmão era um homem incrível, carinhoso, alegre, nosso orgulho. Que haja celeridade e seriedade na investigação. Estamos destroçados", escreveu nas suas redes sociais.

Sâmia Bomfim e o irmão Diego
Sâmia Bomfim e o irmão Diego - Sâmia Bomfim no Facebook

O médico Diego Bomfim, 35, foi um dos três mortos a tiros na madrugada de quinta-feira (5) em um quiosque na praia da Barra, zona oeste do Rio de Janeiro. Também morreram Marcos de Andrade Corsato, 62, e Perseu Ribeiro Almeida, 33. Eles estavam no Rio para participar de um congresso médico.

"Foi um crime bárbaro, e a gente quer apuração", disse a deputada em entrevista à TV Globo, em Presidente Prudente. Ela e o marido, o deputado Glauber Braga (PSOL), chegaram na tarde desta quinta ao interior paulista para encontrar a família. "A gente espera que tenha resposta o mais rápido possível."

Diego era ortopedista, com a especialização mais recente em alongamento e reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Sâmia afirmou que os pais se esforçaram para que o irmão se tornasse médico. "Foi muito difícil para os meus pais conseguirem formá-lo. Foi bolsista na faculdade e conseguiu chegar muito, muito longe. É absolutamente injusto e cruel o que aconteceu com ele, nossa família e nossos pais."

Diego estava no Rio de Janeiro para participar de um congresso internacional no Brasil sobre cirurgia minimamente invasiva, com 300 profissionais brasileiros e de outros países.

Uma das linhas de investigação adotada pela Polícia Civil carioca é de que os três médicos podem ter sido vítimas por engano. Um dos ortopedistas assassinados poderia ter sido confundido com um miliciano da zona oeste, apuram investigadores da Divisão de Homicídios.

O PSOL divulgou comunicado em que cobra apuração "rigorosa e eficiente" do caso.

A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o crime. Ainda na madrugada, foi realizada perícia no local do crime e no quarto das vítimas no hotel em que estavam hospedadas. Celulares dos médicos foram apreendidos.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, classificou como execução o assassinato e disse que determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações, considerando que um deles era ligado a dois deputados federais.

"Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares", escreveu o ministro.

O governador do Rio, Claudio Castro (PL), postou em suas redes sociais que determinou o emprego de todos os recursos pela Polícia Civil do estado para a descoberta a autoria do crime.

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