Em medição preliminar, SP tem 2º dia mais quente do ano, com 37,5ºC

Temperatura máxima medida em estação automática na tarde desta terça (14) fica próxima do recorde do ano, registrado na véspera, de 37,7ºC, segundo Inmet

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São Paulo

Medição preliminar do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) apontou que a cidade de São Paulo teve o segundo dia mais quente do ano nesta terça-feira (14). Segundo medição da estação automática no mirante de Santana, na zona norte, a temperatura máxima chegou a 37,5ºC por ás 15h.

A medição deverá ser atualizada no fim do dia, com dados da estação convencional, que faz a aferição manualmente.

Vendedor de água na região da praça da Liberdade, no centro de São Paulo; cidade teve o sexto dia seguido com temperaturas acima de 30ºC nesta terça-feira (14) - Rubens Cavallari - 12.nov.23/Folhapress

De acordo o instituto, na segunda-feira (13), a medição automática apontou 37,4ºC no mesmo horário.

Na manhã desta terça, porém, o instituto atualizou a máxima da véspera para 37,7ºC, com base na medição da estação convencional, que é a referência para definição da temperatura na cidade.

A temperatura desta segunda-feira, mais alta no ano, é a segunda maior em 80 anos na cidade de São Paulo, desde que o Inmet começou a fazer a medição. O recorde foi registrado em 17 de outubro de 2014, com 37,8°C.

A capital paulista registrou nesta terça-feira o sétimo dia seguido com temperaturas máximas acima de 30°C.

Em suas estações meteorológicas, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da Prefeitura de São Paulo, chegou a registrar 39,1ºC nesta terça na Mooca, zona leste.

De acordo com o Inmet, a temperatura máxima prevista para esta quarta-feira (15), feriado de Proclamação da República, é de 37ºC. À tarde, há perspectiva de muitas nuvens, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas.

No estado de São Paulo, a cidade com temperatura mais elevada nesta terça foi Ituverava (a 413 km de São Paulo).

O instituto emitiu na segunda um aviso, no qual prolongou até sexta (17) com um alerta vermelho para a onda de calor que atinge praticamente todo o país, principalmente as regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Uma onda de calor ocorre quando a temperatura máxima fica 5ºC acima da média por ao menos cinco dias consecutivos.

A meteorologista do Inmet Márcia Seabra destaca que o alerta vermelho é o máximo praticado pelo instituto no que se refere ao calor. O primeiro é o amarelo, o segundo, o laranja, e o terceiro, o vermelho. O aviso é válido para todo o Brasil.

"Pelo menos até sexta-feira esse panorama vai se manter. A partir de sábado [18] já existe uma situação de mudança do tempo, mas pode ser que a onda de calor ainda permaneça", diz Seabra.

Conforme o Inmet, a atual onda de calor é a oitava registrada neste ano no país.

O calor deve continuar nas próximas semanas. Isso porque o Brasil sofre diferentes efeitos do El Niño e enfrenta um ano com vários extremos de temperatura, com recorde mundial em outubro.

Embora especialistas não prevejam ondas como essa em dezembro, o que vem pela frente é mais calor. Numa escala dos próximos meses, o aumento das temperaturas, em meio ao verão, acontece também em função do El Niño.

O evento, formado pelo aquecimento das águas do Pacífico equatorial, muda a circulação atmosférica e tem agravado seca no Nordeste e ajudado a bloquear a circulação de frentes frias, que estacionam no Sul e aumentam as chuvas na região.

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