Descrição de chapéu Rio de Janeiro chuva clima

Castro promete R$ 3.000 em auxílio para famílias atingidas pela chuva no RJ

Benefício será pago através de cartão Recomeçar, que já foi usado em outras tragédias; expectativa é que 30 mil famílias sejam beneficiadas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Rio de Janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que vai dar um auxílio de R$ 3.000 para as famílias que foram atingidas pelas chuvas neste fim de semana. O subsídio será pago através do Cartão Recomeçar, destinado a famílias de baixa renda.

De acordo com Castro, a estimativa é que 30 mil famílias recebam o auxílio. Para isso, elas devem fazer o cadastro junto à prefeitura de suas cidades e estar dentro dos critérios para serem beneficiadas. Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social estão nos municípios prestando assistência técnica às prefeituras.

Estragos do temporal pelas ruas do bairro Heliópolis, em Belford Roxo, Baixada Fluminense; forte chuva que atingiu a cidade do Rio de Janeiro e a região metropolitana causou destruição e a morte de 12 pessoas - Eduardo Anizelli/Folhapress

A expectativa do governo estadual é de que os cartões sejam entregues a partir da próxima semana. Ainda não há, porém, uma data fixa para isso. O valor do auxílio será pago em parcela única.

"A minha determinação é que toda a parte burocrática esteja pronta até a próxima sexta-feira (19) e que a partir da semana que vem já possa estar em processo de distribuição", disse o governador nesta segunda-feira (15), em entrevista à imprensa.

As chuvas, que começaram na noite de sábado (13), deixaram 12 mortos e 2 desaparecidos na capital fluminense e na região metropolitana. Sete cidades decretaram situação de emergência. O governo estima que de 500 a 600 famílias estejam desabrigadas ou desalojadas por causa do temporal.

"Depende de que a pessoa tenha de fato perdido tudo que tem. Não no sentido de 'não sobrou nada', mas que tenha realmente uma grande perda. Por isso, essa elegibilidade [para receber o cartão] e esse cadastro", afirmou Castro.

Ele completou: "Não é para trocar o que tem em casa. É para as pessoas que realmente perderam o que tinham. Por isso é uma elegibilidade um pouco mais dura, para que não vire um programa do estado dando utensílio novos para as pessoas".

O governador não informou qual vai ser o custo total do programa para o estado do Rio.

O cartão Recomeçar já foi entregue pelo governo estadual em outros desastres naturais, como na tragédia de Petrópolis, em 2022, em que 235 pessoas morreram por deslizamentos causados por temporais. O objetivo do benefício é ajudar na compra de materiais de construção e eletrodomésticos daqueles que foram afetados pelas chuvas.

Governador antecipou volta das férias

Em entrevista a jornalistas no início da tarde desta segunda-feira, Castro pregou união entre os governos municipais, estadual e federal no combate às chuvas.

"Não existe chuva do presidente, chuva do governador, chuva do prefeito. A chuva é uma só, nós temos que trabalhar juntos", disse Castro.

Na sequência, ele disse que iria cobrar do governo Lula (PT) uma solução para a rodovia BR-040, que ficou alagada após o temporal do fim de semana.

"Estou notificando o governo federal e a ANTT [Agência Nacional de Transporte Terrestre] sobre a situação da BR-040. Impossível ter um bolsão de água tão grande na frente de um hospital, que é o Adão Pereira Nunes, e isso não ser resolvido em oito horas. É uma situação que já passou dos limites", afirmou.

O governador afirmou que vai procurar Lula para pedir urgência às obras do Rio Botas, que fazem parte do PAC. O rio foi um dos mais afetados pela chuvas.

"Vou falar com o Lula a tarde para a obra do Rio Botas, que também está no PAC e atende 5 municípios. São R$ 730 milhões, essa obra tem que ser prioridade."

Castro interrompeu suas férias em Orlando, nos Estados Unidos, e retornou ao Brasil após as chuvas. O governador decidiu decidiu antecipar a volta após ser pressionado por aliados. Em entrevista à imprensa, ele rebateu as críticas que recebeu por estar fora do país durante as chuvas.

"Sobre essa questão de eu não estar aqui, é muito simples: eu estava fora, aconteceu [o desastre das chuvas] e no voo seguinte eu vim. Atendi os prefeitos o tempo todo, comandei os secretários remotamente".

Ele completou: "A gente não governa por rede social. Se governar por rede social, cada dia a gente tem uma opinião diferente".

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.