Descrição de chapéu Rio de Janeiro Chuvas

Sobe para 12 o número de mortos pelo temporal no RJ

Mulher morreu por afogamento em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; duas pessoas estão desaparecidas

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Rio de Janeiro

Subiu para 12 o número de vítimas da chuva que atingiu o estado do Rio de Janeiro neste fim de semana. Ao menos duas pessoas estão desaparecidas.

A 12ª vítima é uma mulher de 39 anos identificada como Michelle Mericiana Ferreira. Segundo a Defesa Civil Estadual, ela foi morta por afogamento em Saracuruna, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Inicialmente, o órgão havia dito que a 12ª vítima era um homem que foi levado pela enxurrada no Complexo do Chapadão, na zona norte da capital fluminense, mas este homem continua desaparecido. O erro na identificação, segundo a Defesa Civil, ocorreu porque a lista de vítimas estava com duplicidade nos nomes.

Bairro Pilar, em Duque de Caxias, alagado nesta segunda (15) - Eduardo Anizelli/Folhapress

Desde domingo, cidades da região metropolitana do Rio sofrem o efeito das tempestades. O volume de chuva chegou a quase 300 milímetros em todo estado. O governo estima que de 500 a 600 famílias estejam desabrigadas ou desalojadas por causa do temporal.

Segundo o governador, os municípios mais atingidos foram São João de Meriti, Duque de Caxias e Nilópolis, na Baixada Fluminense.

Das 12 mortes, três mortes foram registradas em bairros da zona norte da capital fluminense (Ricardo de Albuquerque, Acari e Costa Barros).

Outras nove ocorreram em municípios da Baixada —três em Nova Iguaçu, duas em São João de Meriti, três em Duque de Caxias e uma em Belford Roxo.

O Corpo de Bombeiros faz buscas pelo homem levado pela enxurrada no Complexo do Chapadão, na zona norte do Rio, e por uma mulher desaparecida após queda de veículo no rio Botas, em Belford Roxo.

Ao todo, foram realizados 340 salvamentos desde sábado e 100 atendimentos nas últimas 24 horas.

Nesta segunda, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência na cidade do Rio de Janeiro por causa das fortes chuvas do fim de semana. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

"Trabalhamos durante todo o fim de semana para reconhecer sumariamente a situação de emergência e, assim, vamos poder seguir com o processo de liberação de recursos para as ações de defesa civil", afirmou o ministro Waldez Góes.

De acordo com o governo federal, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, desembarca no Rio de Janeiro ainda nesta segunda para coordenar as ações de resposta à crise, e os repasses serão liberados assim que os planos de trabalho forem apresentados pela prefeitura e avaliados pela equipe técnica da Defesa Civil Nacional.

O governador decidiu interromper as férias e voltou ao Rio na noite deste domingo (14) ao Rio. Segundo Castro, 2.400 militares do Corpo de Bombeiros, com o apoio de drones e cães, trabalham contra os estragos.

No fim de semana, as equipes atenderam a cerca de 230 ocorrências relacionadas às chuvas no estado. Também houve registros de impactos nos sistemas de transporte público e abastecimento de energia elétrica.

TRAGÉDIAS ANTERIORES

Uma tragédia de proporções semelhantes à deste final de semana no Rio de Janeiro ocorreu em fevereiro de 2023, quando seis pessoas morreram no estado em decorrência de chuvas.

Em 2022, chuvas devastaram Petrópolis, na região serrana, deixando 235 mortos e dois desaparecidos. Antes, em março de 2013, temporais também atingiram a região serrana do Rio de Janeiro causando dezenas de mortes.

Dois anos antes, em 2011, a tragédia na região foi tamanha que não foi possível contar, com certeza, o número de mortos. Oficialmente foram 918, mas não há um número consolidado de desaparecidos. As três cidades mais afetadas foram Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

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