Descrição de chapéu violência

Polícia investiga se morador foi morto por fazer piada sobre traficante no RJ

Agentes dizem que uma segunda pessoa também foi agredida e está internada; caso aconteceu depois de megaoperação que deixou 9 mortos

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Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio investiga se traficantes de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, espancaram dois moradores depois da megaoperação policial na última terça-feira (27). Uma das supostas vítimas, Robson Vinicius Costa da Silva não resistiu às agressões e morreu.

O outro morador, Eric da Silva Paixão está internado no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, também na Baixada. Segundo a unidade de saúde, ele teve fratura exposta no braço direito e passou por cirurgia. O quadro é estável.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Testemunhas relataram que as vítimas foram sequestradas no bairro Jurandir, próximo ao shopping do município, e agredidos.

As primeiras apurações dão conta de que os espancamentos ocorreram porque as vítimas teriam publicado supostas piadas em redes sociais em relação à morte de um traficante.

Barricadas com as inscrições do Comando Vermelho retiradas por policiais Militares durante operação policial no Rio. - Eduardo Anizelli/Folhapress,

O homem seria Keven Leite Fernandes, conhecido como Tomate, apontado pela polícia como integrante do Comando Vermelho na comunidade do Trio de Ouro, em São João de Meriti. De acordo com as investigações, ele comandou diversas invasões a outras favelas.

O suspeito foi morto, segundo a Polícia Militar, durante um confronto com agentes na última terça-feira. Junto dele estavam Luan Marcelo Cavalcanti de Jesus, de apelido Gato, e Maison Batista de Freitas, o MZ, além de um quarto homem não identificado. Todos morreram após a megaoperação realizada em favelas dominadas pelo Comando Vermelho.

De acordo com a polícia, o grupo foi morto após deixar o Complexo da Penha, na zona norte do Rio, com destino à comunidade Trio do Ouro. Ainda segundo a corporação, os quatro foram levados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Íris, mas não resistiram.

A polícia afirma que com o grupo foram apreendidos dois fuzis calibre 7.62, quatro carregadores, dois rádios comunicadores, uma capa de colete balístico e um carro roubado.

Ao todo, nove homens, que segundo a polícia eram suspeitos, foram mortos na megaoperação da Polícia Militar. É o maior número de mortos em ação policial no estado em um único dia em 2024. A operação também deixou dois policiais feridos, e cinco suspeitos foram presos.

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