Apesar do reforço no policiamento, crimes como roubos e furtos aumentaram durante a primeira metade deste verão no litoral norte de São Paulo e em parte da Baixada Santista.
No litoral norte paulista, a soma das ocorrências em Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba cresceu 23,3% na comparação com o mesmo período anterior. Foram 196 roubos nessas cidades de dezembro de 2023 a janeiro deste ano, contra 159 ocorrências em dezembro de 2022 a janeiro de 2023.
Na Baixada Santista, os roubos caíram 15,3% no período, com 2.231 registros contra 2.635, segundo dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo. Em Peruíbe —cidade da Baixada—, contudo, os roubos cresceram 5,5%, e os furtos, 56,3% (336 furtos neste verão).
Entre as cidades dessas duas regiões (Baixada e litoral norte), Peruíbe foi a que mais teve aumento em furtos, seguida por Ilhabela, que registrou alta de 54,3% —foram 125 furtos entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, contra 81 no período anterior.
Em 18 de dezembro, a presença policial foi reforçada em todo o litoral paulista com a Operação Verão. Em patrulhamento direto, segundo a SSP, há 3.108 agentes.
Procurada, a SSP afirmou, em nota, que 821 pessoas foram presas até o momento, incluindo 311 procurados pela Justiça. Também cita as apreensões de 577,6 kg de drogas e de 89 armas, incluindo fuzis de uso restrito.
A SSP diz ainda que reorienta as ações de acordo com as ocorrências registradas, e que 300 agentes vão permanecer na região de Santos.
Também na Baixada, os roubos tiveram uma leve queda em São Vicente (-1,5%), com 409 casos, mas os 811 furtos representaram alta de 20,5%. Em Santos, os roubos caíram 29,2%, e os furtos aumentaram 2,6%, com 1.007 ocorrências contra 982 na comparação com o período anterior.
Já em Praia Grande os roubos cresceram 5,2%, com 508 registros.
Dividida em duas etapas e inicialmente com duração até 23 de fevereiro, a Operação Verão foi prorrogada pelo secretário de segurança da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), Guilherme Derrite.
Organizações têm criticado a letalidade da operação, que até esta sexta (1º) contabiliza ao menos 39 mortos desde o assassinato do soldado da Rota Samuel Cosmo, em 2 de fevereiro.
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