Descrição de chapéu Rio

Corpo de idoso atestado morto em banco é sepultado no Rio de Janeiro

Mulher suspeita de vilipêndio a cadáver e furto mediante fraude segue presa; ela sustenta que Paulo Roberto Braga estava vivo quando chegou à agência

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Curitiba

O corpo de Paulo Roberto Braga, 68, foi sepultado no final da manhã deste sábado (20) no Cemitério de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.

O velório durou menos de uma hora. Cerca de 20 pessoas estiveram no local e cantaram louvores evangélicos. O caixão com o corpo foi colocado em uma gaveta do cemitério. A família não quis conceder entrevista à imprensa.

Na última terça-feira (16), Erika de Souza Vieira Nunes, 43, que diz ser sobrinha do idoso (pelos documentos, eles são primos), foi presa em flagrante em um banco ao tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil com Paulo em uma cadeira de rodas, apático.

Corpo é colocado em cova vertical
Corpo de Paulo Roberto Braga é sepultado no cemitério de Campo Grande, no Rio de Janeiro - Reproducao/TV Globo

Um vídeo flagrou o momento em que Erika tentava fazer o idoso, que não tinha reação, assinar o documento. A gravação foi feita por uma gerente do Itaú Unibanco.

Como ele estava sem reação, funcionários do banco desconfiaram da situação e chamaram o Samu, que confirmou que o homem estava morto. O corpo foi levado para o Instituto Médico-Legal.

A defesa da mulher diz que o homem estava vivo quando chegou ao banco. A advogada de Erika, Ana Carla Correa, esteve presente no enterro. Ela afirmou que sua cliente foi agredida no presídio de Benfica.

"Erika sofreu represálias dentro da prisão. Ela me relatou que, assim que chegou à Benfica, jogaram água e comida nela." A defesa afirma que, por essa razão, pediu uma cela isolada para que a cliente seja resguardada. A advogada relatou mais uma vez que a cliente estava medicada e só percebeu que Paulo estava morto quando o Samu chegou.

Em nota, a Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) diz que Erika foi transferida, na noite de sexta-feira (19), para o presídio feminino Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, em Bangu, zona oeste do Rio. Sobre a suposta agressão, a pasta não se manifestou.

A Polícia Civil ainda investiga como e quando o homem morreu. Também apura as circunstâncias do empréstimo para saber se ele foi feito quando o idoso ainda estava vivo.

O episódio aconteceu em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Erika foi presa por suspeita de vilipêndio a cadáver e furto mediante fraude.

Em seguida, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva por decisão da juíza Rachel Assad da Cunha. Em sua decisão, a magistrada afirmou que "em momento algum a custodiada se preocupa com o estado de saúde de quem afirmava ser cuidadora", referindo-se às cenas gravadas. A defesa espera a análise de um pedido de liberdade.

Nas imagens que viralizaram, a cabeça do idoso pendia para trás, e as mãos caíam sempre que eram soltas por Erika. "Ele não está bem, não, a corzinha...", afirmou uma das funcionárias do banco que tentou intervir, ao que Erika responde "ele é assim mesmo". Ela insiste, ajustando o documento e apoiando a cabeça e as mãos do homem, que não reage durante todo o registro.

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