Descrição de chapéu Obituário Moacir Piovesan (1936 - 2024)

Mortes: Ex-prefeito fez história em São José dos Pinhais (PR)

Moacir Piovesan administrou a cidade duas vezes entre as décadas de 1970 e 1990

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Curitiba

Nos ano 1980, São José dos Pinhais era uma cidade pequena, que vivia em função da capital Curitiba. Hoje, tem o terceiro maior PIB do Paraná, com 350 mil habitantes. Entre as gestões municipais que fizeram história no desenvolvimento da cidade está a do prefeito Moacir Piovesan.

Biblioteca, museu, terminais de ônibus, conjuntos habitacionais e sede da prefeitura são algumas de suas obras. Também foram instalados no município o fórum e uma unidade da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), lembra o filho, o médico neurologista Élcio Piovesan, destacando também a criação das secretarias municipais de saúde, educação, obras e finanças.

Moacir era descendente de italianos, nascido e criado em São José dos Pinhais, com os pais e dois irmãos. Estudou no colégio católico São José, onde terminou o ensino médio. Começou a trabalhar aos 12 anos, como datilógrafo. Serviu o Exército, foi escrivão, oficial de Justiça e fundou o partido MDB na cidade.

Moacir Piovesan (1936 - 2024)
Moacir Piovesan (1936 - 2024) - Arquivo pessoal

Foi eleito prefeito em 1976, aos 40 anos. Em 1989 voltou ao cargo, que exerceu até 1992. "Sua primeira administração começou com plano diretor elaborado pelo urbanista Jaime Lerner. Foi o primeiro da cidade", diz Élcio. Em 2000, Moacir foi o primeiro deputado federal eleito pelo município.

O filho conta que a vocação para a política nasceu no trabalho no cartório, onde Moacir convivia com pessoas em situação de vulnerabilidade social. "Ele se identificava com o povo", diz. Para isso, conta o filho, tinha uma rotina rígida, das 7h e às 20h, e que prosseguia nos fins de semana.

Em nota de pesar, a Câmara Municipal recordou sua presidência no diretório municipal do PDT, em 1996, e suas obras. O texto destaca, por exemplo, a construção do hospital Atílio Talamini, do ginásio de esportes Ney Braga, de 40 escolas municipais e 21 creches, além da revitalização do calçadão da rua XV.

"Ele deixa um legado de respeito, honra, ética e trabalho sério", enfatiza o filho.

Em 2018, Moacir recebeu o título de Cidadão Benemérito. Na ocasião, discursou: "Fiz muito menos do que gostaria, com muito suor e trabalho para construir esta cidade que sempre me amou e retribuiu por tudo que aqui fizemos", disse.

Com a família, Moacir gostava de estar em meio à natureza e fazer piqueniques, além de pescar, criar pássaros e caçar. Morreu em 28 de março, de pneumonia. Deixa a esposa, Elza Juliato Piovesan, cinco filhos e duas netas.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.