Descrição de chapéu Chuvas no Sul

Cavalo fica ilhado em telhado em meio a inundação em cidade do RS

Mais de 30 mil animais foram resgatados em Canoas, segundo a prefeitura; metade da cidade está debaixo d´água

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Rio de Janeiro

Um cavalo foi flagrado nesta quarta-feira (8) ilhado em um telhado de uma casa na região de Canoas, localizada na região metropolitana de Porto Alegre, e uma das mais afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

O animal tentava se equilibrar com duas patas em cada lado do telhado ocupando o único espaço da estrutura que ainda não havia sido atingido pela água. Ele aparece desolado, sem ter para onde ir, em meio a uma área completamente inundada. Qualquer movimentação poderia fazer o cavalo cair.

A cena foi registrada pelo helicóptero da TV Globo, que fazia a cobertura das enchentes na cidade. Não há informações sobre quem seria o dono do animal ou o que aconteceu com ele.

A Defesa Civil Nacional fez uma operação para salvar o cavalo, mas o resgate não foi confirmado.

X
Cavalo se equilibra em um telhado de uma casa na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul - Reprodução/Globonews

Em meio a tragédia, muitos animais ficaram ilhados precisando de socorro. Diversos órgãos e voluntários trabalham para resgatar os bichos nas áreas atingidas pelas enchentes.

Além disso, organizações de proteção animal e grupos independentes também atuam para ajudar os pets a encontrar seus donos ou um novo lar.

De acordo com a prefeitura de Canoas, a Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal resgatou mais de 30 mil animais ilhados pelas chuvas foram resgatados com vida nos últimos dias. O município possui cerca de 30 locais que acolhem esses bichos.

A cidade também improvisou um abrigo de pallets para animais de estimação. As caixas de madeira servem de abrigo a cães e gatos resgatados das casas alagadas.

Com cerca de 350 mil habitantes, Canoas é a cidade mais populosa da região metropolitana de Porto Alegre, com exceção da capital, que abriga cerca de 1,3 milhão.

Metade da cidade está debaixo d'água, com filas com até mil pessoas em busca da comida que está sendo distribuída pela prefeitura —mas não há alimentação suficiente para todos.

Nesta quarta, o prefeito Jairo Jorge (PSD) fez um apelo: "Temos, agora, cerca de 600 pessoas esperando e comida para apenas 100. Precisamos de muitas doações", disse.

Segundo o prefeito, quase metade da população –153 mil pessoas– foi retirada de suas casas desde a última sexta-feira (3), quando a força das águas rompeu dois diques e a cidade ficou praticamente submersa.

A água barrenta chegou até o telhado das casas, a maioria, feita de madeira, material que não aguenta muito tempo molhado. A previsão do prefeito é de que cerca de 70 mil imóveis, entre residenciais, comerciais e industriais, tenham que ser reconstruídos.

Por estar localizada no delta do Jacuí, formado pelo rio de mesmo nome, além de receber fluxo dos rios Caí, Sinos e Gravataí, que deságuam no lago Guaíba, Canoas foi afetada diretamente pela cheia histórica.

A gestão municipal, agora, elabora um plano de engenharia para fazer o sistema de drenagem funcionar ao contrário, para escoar a água que invadiu a cidade de volta para os rios.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.