Descrição de chapéu Chuvas no Sul

Governo quer liberar 7 aeroportos regionais do RS para retomar voos; base da FAB em Canoas é a primeira

Com aeroporto de Porto Alegre alagado, gestão Lula busca alternativas; ministro diz que há previsão de voos ao estado nesta semana para entrega de mantimentos e transporte de turistas

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Brasília

O Ministério de Portos e Aeroportos prepara um plano para restabelecer voos comerciais no Rio Grande do Sul. O plano envolve a operação de 150 voos semanais.

Segundo o ministro Sílvio Costa Filho, o governo estuda atuar com sete aeroportos regionais no estado como alternativa ao de Porto Alegre, fechado por tempo indeterminado em razão do alagamento no local.

Avião em área alagada no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, nesta segunda-feira (6) - Diego Vara/Reuters

Os primeiros voos comerciais devem chegar a Canoas (RS). De acordo com integrantes do governo, os aviões devem usar a base aérea da FAB (Força Aérea Brasileira) da cidade.

"Possivelmente, nós devemos operar em torno de 150 voos semanais. São sete aeroportos no Rio Grande do Sul que a gente vai operar esses voos regionais, tendo em vista o fechamento do aeroporto de Porto Alegre. Estamos trabalhando nessa proposta e esperamos que até amanhã a gente anuncie ao país", afirmou nesta terça-feira (7) o ministro.

A operação de abertura da Base Aérea de Canoas para voos das companhias aéreas deve passar por três fases.

A primeira, com início nesta quarta-feira (8), será uma parceira da FAB com a Azul Linhas Aéreas para o envio de mantimentos arrecadados pela empresa. "O voo vai partir do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, que é o ponto focal dos insumos recebidos em mais de 500 postos de arrecadação organizados pela companhia, somando aeroportos, lojas da Azul Viagens e Azul Cargo", disse a Aeronáutica, em nota.

O avião vai passar pela Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, para pegar mais doações antes de partir para Canoas, com previsão de chegada às 15h10.

A segunda fase da operação começa na quinta-feira (9) com a participação de quatro companhias aéreas realizando voos humanitários, para envio de mantimentos e doações para as vítimas dos temporais no Rio Grande do Sul.

Serão cinco voos comerciais, com aterrissagens a cada duas horas, das 7h às 15h.

A terceira e última fase envolve o transporte de cidadãos gaúchos que se encontram fora do estado e de turistas que ficaram presos no Rio Grande do Sul. A Força Aérea Brasileira não informa a data do primeiro voo com passageiros na Base Aérea de Canoas; a previsão do Ministério de Portos e Aeroportos, porém, é que as aeronaves devem chegar a partir de sexta-feira (10).

"A gente espera que eles voltem na sexta-feira para os seus destinos finais e, a partir de segunda-feira, a gente já espera que o aeroporto de Canoas volte a funcionar", disse Costa Filho.

A expectativa do ministro é começar a operar voos comerciais a partir de segunda-feira, de Canoas.

"A Fraport Brasil, que é a operadora que está cuidando do aeroporto de Porto Alegre, está no processo de transição, estruturando o aeroporto de Canoas para a gente poder avançar também na aviação comercial."

O fechamento do aeroporto Salgado Filho aconteceu no último dia 3. O local está alagado devido ao elevado volume de chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.

A Base Aérea de Canoas deve receber o maior quantitativo de voos entre os sete aeroportos que o governo federal pretende usar para restabelecer viagens ao estado, como consta no plano emergencial de aviação preparado pelo Ministério de Portos e Aeroportos.

"Aos passageiros, pedimos que entrem em contato com a sua companhia aérea para mais informações sobre os seus voos", informou a empresa.

Além de fechar o aeroporto, a tragédia climática também provocou estragos em rodovias e arrancou pontes no interior do estado.

A Força Aérea informou nesta quarta que, pela dificuldade do transporte terrestre, decidiu realizar lançamentos de doações e materiais essenciais para apoio à população de diversas regiões do Rio Grande do Sul.

O plano envolve arremessar das aeronaves caixas com alimentos, água e itens de higiene em pleno voo, usando paraquedas para que o material caia sobre o solo gaúcho.

"As missões buscam trazer mais agilidade no atendimento à população atingida, uma vez que as estradas encontram-se, quase na sua totalidade, obstruídas", disse a FAB.

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