Descrição de chapéu G20 g8 Rio

Fórum no Rio vai levar ao G20 soluções para problemas nas favelas

Crise climática e desigualdade social, temas que estarão na mesa da cúpula de líderes globais são debatidos por lideranças de favelas no F20

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Rio de Janeiro

Lideranças de favelas lançaram nesta segunda-feira (8) no Rio de Janeiro o F20, fórum de debates sobre assuntos que também estarão em discussão durante o G20, que acontece em novembro, no Rio. O evento é organizado pelo jornal Voz das Comunidades.

As recomendações debatidas durante o fórum de favelas serão levadas ao G20 Social, braço do encontro entre chefes de Estado que vai reunir ativistas e ONGs (Organizações Não Governamentais). O G20 Social vai acontecer entre os dias 14 e 16 de novembro. A cúpula de líderes globais se reúne nos dias 18 e 19 de novembro.

Favela do Vidigal, na zona sul do Rio de Janeiro. Ao fundo as praias de Ipanema e Leblon - Lalo de Almeida/Lalo de Almeida - 13.mai.2019/Folhapress

"As questões enfrentadas por essas comunidades estão intrinsecamente ligadas aos desafios globais e à influência das políticas governamentais", afirmou Gabriela Santos, liderança do complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, e diretora executiva do Voz das Comunidades.

"A gente não pode ficar de fora do debate porque a a favela constrói o país, gira a economia, é sustentabilidade", diz a assistente social Lúcia Cabral, liderança da Educap, ONG (Organização Não Governamental) do complexo do Alemão.

O F20, lançado nesta segunda-feira (8), no morro do Vidigal, na zona sul do Rio, terá, ao longo dos meses, cinco grupos de trabalhos para debater combate à pobreza, saneamento básico, crise climática, desastres naturais e inclusão digital.

O fórum de favelas faz parte do calendário de eventos do G20 Social. Desde o início do ano até novembro, o calendário do G20 conta com eventos paralelos sobre temas que estarão no centro do debate dos chefes de Estado, como tributação internacional e mudanças do clima.

"O mundo é F20, as favelas existem para o mundo, e as demandas das favelas são demandas para jovens, para mulheres, para o meio ambiente. Toda a agenda do F20 está aqui", disse o secretário municipal da Casa Civil Lucas Padilha, que também preside o Comitê de Organização do Rio G20.

"O que acontece no Banco Mundial, o que é discutido na COP, o que acontece na pandemia, afeta primeiro as comunidades do Rio, do Brasil e do mundo."

Além da segurança pública, assunto prioritário das lideranças de favelas, os efeitos da crise climática sobre as comunidades também foi abordado como essencial. Deslizamentos e enchentes decorrentes de chuvas costumam vitimar moradores de favelas. Em janeiro, 13 pessoas morreram no Rio após um temporal, duas delas nas comunidades da Pedreira e de Acari, ambas na zona norte.

"Quando discutimos sobre os temas principais do F20 foi muito difícil escolher e entender cada um, porque todas as discussões do G20 passam pelas favelas. Algumas discussões passam mais por lugares como Maré, outras por lugares como a Cidade de Deus, ou passam mais por morros e encostas. Isso faz a gente entender a potência das favelas", afirmou Rene Silva, fundador do Voz das Comunidades.

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