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Motoristas de ônibus de Congonhas fazem paralisação em protesto contra redução salarial

Concessionária responsável pelo aeroporto afirma que manifestação não afetou o funcionamento do aeroporto na manhã desta quarta (17)

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São Paulo

Os motoristas dos ônibus que fazem o transporte interno de passageiros nos pátios do aeroporto de Congonhas fizeram uma paralisação na manhã desta quarta-feira (17). Segundo a Aena Brasil, empresa que administra o aeroporto, o protesto não prejudicou o atendimento aos passageiros e a operação está normal.

Os trabalhadores protestam contra a Security Sata, que passou nesta quarta-feira a comandar o serviço de transporte interno de passageiros, depois do término do antigo contrato com a antiga empresa terceirizada responsável pela contratação dos motoristas, a Top Lyne.

Imagem de um grupo de pessoas participando de um protesto em um local público, possivelmente um saguão de um prédio. Eles seguram várias faixas com textos não totalmente legíveis; uma delas afirma "Sinteata [nome do sindicato] diz não à precarização". O ambiente é espaçoso, com piso quadriculado e várias colunas ao fundo.
Motoristas de ônibus internos do Aeroporto de Congonhas protestam contra redução salarial - Reprodução/TV Globo

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Prestadoras de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo do Estado de São Paulo (Sinteata), a nova terceirizada quer contratar os profissionais com uma redução do salário que recebiam anteriormente.

A diferença de remuneração estaria no enquadramento da atividade. Os motoristas eram contratados como operadores de transporte de superfície. Agora, a nova empresa quer incluí-los na categoria dos operadores de equipamento, responsáveis pelos reboques e pelo transporte de carga na pista, cujo salário é menor em relação ao da primeira categoria.

O sindicato afirma em nota que a portaria 116/2009 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) garante a diferenciação entre as duas atividades, o que tornaria a contratação dos motoristas como operadores de equipamento irregular.

Em nota, a Aena informa que o aeroporto opera normalmente nesta manhã, sem impactos a seu funcionamento. Diz ainda que conta "com um plano de contingência e equipes reforçadas, que são habilitadas, treinadas e certificadas para a função, para qualquer intercorrência durante o período de transição".

Segundo a concessionária, a troca de empresa se deu pelo término do contrato anterior e a abertura de uma nova concorrência."A contratação dos funcionários e definição de salários são de responsabilidade da empresa terceirizada. Cabe à Aena fiscalizar e auditar o cumprimento das obrigações trabalhistas", afirma.

Em uma segunda nota, enviada após a publicação desta reportagem, a Aena informou que o índice de pontualidade durante a manhã desta quarta-feira foi acima de 90%. Disse ainda que o protesto não afetou a prestação do serviço. "A manifestação ocorrida no saguão, que foi encerrada por volta das 7h30, envolveu profissionais da antiga empresa que prestava serviços ao aeroporto", afirma.

Segundo a concessionária, "a nova contratada já está em operação, com motoristas treinados, habilitados e certificados para o exercício da função com segurança".

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