Justiça decreta prisão de ex-marido de mulher que foi morta esfaqueada em praia no RJ

Promotoria afirma que Eduardo Henrique Teixeira Lage não aceitou término de relacionamento de 25 anos

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Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro decretou na noite desta sexta-feira (9) a prisão temporária de Eduardo Henrique Teixeira Lage sob suspeita de matar a ex-mulher, Nadia Aparecida Alves Lage, 50, a facadas na praia da Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.

De acordo com o Ministério Público, Eduardo cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento de 25 anos, período no qual o casal teve três filhos. A vítima já havia solicitado medidas protetivas à Justiça em razão do comportamento agressivo do ex-marido após a separação.

Mulher é socorrida após ser esfaqueada na praia da Barra da Tijuca
Mulher é socorrida após ser esfaqueada na praia da Barra da Tijuca - Reprodução/TV Globo

"Além da investigação por homicídio qualificado, o inquérito apura também o furto o celular da vítima após o crime e a divulgação de fotos íntimas de Nádia trocadas com um homem, amigo do investigado, com quem a vítima teria tido um breve relacionamento. Ainda segundo as investigações, Eduardo também aproveitou a posse do celular de Nádia para enviar áudios de ameaça a este homem e a filha do casal", afirmou a Promotoria.

Eduardo está foragido. A Folha não localizou nenhuma defesa constituída pelo suspeito.

O crime ocorreu na noite de quinta-feira (8) e o ex-marido era o principal suspeito. Segundo parentes, Nádia havia se separado havia três meses e seu ex-companheiro não aceitava o fim do relacionamento.

Em nota, a PM afirmou que "policiais militares do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), foram acionados para ocorrência de homicídio na avenida do Pepê, na Barra da Tijuca. De acordo com o comando da unidade, chegando ao local, a equipe policial encontrou a vítima esfaqueada próximo a faixa de areia"

Os bombeiros foram acionados por volta das 18h40 e socorreram Nádia ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas ela não resistiu aos ferimentos.

De acordo com dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), nos seis primeiros meses deste ano houve um aumento de 9,3% nos casos de homicídio doloso ante o mesmo período do ano passado: de janeiro a junho de 2024 foram 59 casos; no primeiro semestre de 2023, 54.

O índice que teve o maior aumento percentual foi o de tentativa de feminicídio, com aumento de 40,4% no período analisado, sendo 205 casos de janeiro a junho deste ano e 146 no primeiro semestre de 2023.

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