“A arquitetura é a manifestação cultural. Se não for assim, estaremos somente empilhando tijolos.”
A frase é do arquiteto André Francisco Câmara Schmitt, morto no dia 12 de setembro, aos 72 anos, por complicações após uma queda.
Viveu intensamente ao lado da família e dos amigos, ao som da bossa nova. Desenho e pintura eram seus hobbies. Passava o dia produzindo gravuras e aquarelas a partir de fotografias.
Nasceu em 1946, em Fortaleza (CE). Nos anos 1970, foi trabalhar em Itapema (SC), na implantação de um complexo hoteleiro. Dois anos depois já tinha um escritório de arquitetura em Florianópolis (SC), cidade que também encantou com sua arte.
Fundou a Faculdade de Arquitetura na Universidade Federal de Santa Catarina. A vida abriu espaço para que também fosse consultor, urbanista e responsável por projetos como o do complexo turístico Costão do Santinho.
Schmitt foi o primeiro arquiteto em Florianópolis a estimular empresários da construção civil a patrocinar artistas para colocar suas obras de arte nas fachadas de prédios.
Atuou como secretário de turismo municipal e desenvolveu um conjunto de folhetos para divulgar as trilhas da Ilha de Santa Catarina, na região da Lagoa da Conceição, onde morou desde 1976. O slogan “Ilha da Magia” foi criado por ele.
O irmão, o jornalista Pedro Schmitt, 64, lembra de sua generosidade. “Era um visionário que cultivava amizades. Seu lado humano estava sempre aberto a projetar casas a amigos, vizinhos e parentes, sem cobrar nada.”
André Francisco Câmara Schmitt deixa seis irmãos, esposa, três filhos e três netos.
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