Descrição de chapéu Viver câncer

Câncer de bexiga, diagnóstico de Celso Portiolli, tem alta chance de cura

Doença costuma manifestar sintomas como sangramento ainda em fase inicial

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Gabriela Cupani
Agência Einstein

Embora raro, o diagnóstico recente dos apresentadores Celso Portiolli e Roberto Justus jogou luz sobre a importância da detecção precoce do câncer de bexiga.

O tumor é pouco frequente e tem altas chances de cura se diagnosticado precocemente. Estima-se cerca de dez mil novos casos no triênio 2020-2022, contra 65 mil novos tumores de próstata, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Os pacientes são, majoritariamente, homens brancos acima dos 60 anos.

Celso Portiolli retoma a apresentação do 'Domingo Legal', no SBT
Celso Portiolli retoma a apresentação do 'Domingo Legal', no SBT - Reprodução/SBT

Na maior parte dos casos, o câncer de bexiga acomete as células que recobrem internamente o órgão – o chamado tumor de células transicionais, ou tumores uroteliais. O tabagismo está por trás de metade dos registros.

"Fumantes têm de 2 a 4 vezes mais chances de desenvolver esse câncer", aponta o urologista Leonardo Borges, do Hospital Israelita Albert Einstein. Outros diagnósticos são associados à exposição a aminas aromáticas, substâncias químicas presentes em indústrias como de tintas, corantes, borracha, entre outras.

Tipos e tratamento

Há outros tipos de tumores na bexiga, como o de células escamosas, relacionados à irritação crônica por cálculos na bexiga, cateteres, infecções crônicas, e o adenocarcinoma. Esses tipos, no entanto, são mais raros.

Por não ser um câncer frequente, não há indicação para rastreamento periódico, como no caso da mamografia ou dos exames para checagem da próstata. "Mas, em check-ups de rotina, o médico tende a pedir um ultrassom que já serve para avaliação da bexiga", diz Borges.

A doença costuma dar sintomas ainda no começo e, na maioria dos casos, é superficial e não se espalha. Causa sangramento mesmo nas fases iniciais. Por isso, sempre que houver sintomas como dor ou sangramento, deve-se procurar um médico.

"Apesar de haver outras causas possíveis, mesmo benignas, é preciso considerar a suspeita de câncer", afirma o especialista. A identificação do tumor pode ser feita por meio de exames de urina e de imagem.

O tratamento é feito por meio de cirurgia endoscópica, através da uretra. Para evitar a volta da doença, são aplicados medicamentos dentro da bexiga, como quimioterapia e imunoterapia – nesses casos, usa-se o BCG, bacilo capaz de estimular a reação do organismo para combater as células cancerosas.

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