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Como controlar a ansiedade? De onde ela vem?

O cérebro fica em uma espécie de estado de alerta com relação a situações que ainda não ocorreram

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São Paulo

Quando estamos prestes a enfrentar acontecimentos importantes, como uma prova difícil, ou mesmo diante de eventos do dia a dia, como o medo do chefe por aquele trabalho atrasado ou o receio do trânsito na volta para casa, não é incomum ficarmos ansiosos. 

Nesses casos, colocamos nosso cérebro em uma espécie de estado de alerta com relação a situações que ainda não ocorreram. 

"São situações de ameaça, mas de ameaça não concretizada, algo que imaginamos", diz o psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da USP. "Costumo dizer que a depressão é um excesso de passado, ao passo que a ansiedade é um excesso de futuro."

Um amontoado de post-its contendo diversas tarefas a realizar e desejos
Raquel Cunha/Folhapress

Quando o cérebro entende que estamos em uma situação de perigo, ele reage. Há liberações altas de neurotransmissores e do hormônio cortisol, envolvido na reação de estresse --a respiração fica mais curta, os músculos tensionam, o sangue flui das extremidades para o coração, que passa a bater mais rápido.

De acordo com Nabuco, a tecnologia, a despeito de seus benefícios, colabora para criar ou intensificar situação de ansiedade. 

"Tudo se processa hoje de forma quase instantânea. Toda hora somos procurados, estimulados, incitados... Esse excesso de estimulação estressa o cérebro", diz. O Brasil é o país com maior prevalência de ansiedade no mundo, segundo dados da OMS: 9,3% da população.

O psicólogo sugere algumas medidas para controlarmos a ansiedade: 

  1. Faça apenas uma coisa de cada vez;
  2. Respeite o ritmo biológico e busque manter uma rotina diária e semanal;
  3. Pratique atividades físicas regularmente;
  4. Tente fazer exercícios de respiração;
  5. Experimente fazer alguns minutos de meditação diária.

Em situações em que a ansiedade se torna crônica e a pessoa perde o controle das emoções, é recomendável que ela procure um psicólogo ou um psiquiatra. 

O tratamento normalmente envolve terapia e uso de remédios, incluindo ansiolíticos, antidepressivos e sedativos, que não devem ser utilizados sem acompanhamento médico.

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