Ministro critica reportagem da Folha sobre maconha, mas admite potencial medicinal

Publicações mostram empresários que investem na área e grupos de pacientes que fazem uso terapêutico da planta

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São Paulo

O ministro Osmar Terra (Cidadania) criticou em rede social, neste domingo, a Folha por reportagem sobre maconha medicinal. Terra acusou a Folha de apoiar o "poderoso lobby maconheiro" que, segundo ele, pretende vender poderes mágicos da planta e legalizar o seu consumo. Em seguida, em nova postagem, disse que a Cannabis pode ter uso medicinal.

A Folha publicou, neste domingo, duas matérias sobre o tema, parte de uma série especial de reportagem —Cannabis medicinal— sobre a situação atual dos usos medicinais da planta, pacientes que usam produtos à base dela e as evidências científicas disponíveis sobre o assunto.

Osmar Terra, ministro da Cidadania do governo Jair Bolsonaro
Osmar Terra, ministro da Cidadania do governo Jair Bolsonaro - Evaristo Sá/AFP

Terra cita especificamente a reportagem "Sem aval para plantio, mercado da maconha medicinal no país prevê R$ 4,7 bi por ano", que trata de empresas que já investem na área no Brasil. 

Em outra postagem, o ministro admite o potencial medicinal da planta. "O canabidiol é uma delas [das substâncias presentes na maconha], e pode ter efeito medicinal em casos RAROS de epilepsia. Então vamos separá-lo e dar como medicamento. É muito diferente do que usar maconha para se tratar!".

Terra ainda compara a maconha à papoula e sua associação à produção de ópio, heroína e morfina. "Uma delas [das substâncias da papoula], a morfina, pode ser separada e administrada como medicamento para dor. Não precisa usar ópio ou heroína para isso, muito menos plantar papoula!"

As reportagens publicadas tratam especificamente de óleos e outros produtos extraídos da Cannabis com potencial terapêutico, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol).

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