Brasil tem 40 novas mortes por coronavírus, e total de óbitos vai a 241

Número de casos confirmados sobe 20% e chega a 6.836; número real tende a ser maior, já que só pessoas em estado grave fazem testes

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Brasília

O Brasil já registra ao menos 241 mortes pelo novo coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (1º).

Foram 40 novas mortes confirmadas nas últimas 24 horas, o segundo maior volume registrado desde o início da emergência pela Covid-19.

O recorde foi registrado na terça (31), com 42 mortes confirmadas.

Com os novos dados, o país também já soma 6.836 casos confirmados da doença. O número representa um salto de 20% em relação ao dia anterior, quando eram contabilizados 5.717 casos.

O ministério, porém, tem informado que o número real de casos tende a ser maior, já que são testados apenas os casos graves, de pacientes internados em hospitais, e há casos represados à espera de confirmação.

"Hoje o número de casos confirmados está muito menor do que o número de casos que está circulando na nossa sociedade. O que aumenta e muito a necessidade de termos muito mais cuidado", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Ele fez novo apelo para que a população reforce o distanciamento social. Para o ministro, medidas já adotadas em alguns estados já ajudaram a evitar aumento ainda maior de casos. A previsão é que o tamanho desse impacto seja medido nos próximos dias.

"Vamos colher os frutos dessa semana nos próximos 14 dias. Ainda estamos pagando o que fizemos até 14 dias atrás, já que o tempo de incubação do vírus é de 14 dias. Hoje 1 contamina 2. Começou a movimentar, contamina 5, 6, 7, 8. Movimentar nessa fase é o que podemos fazer de pior", disse, em referência à necessidade de aumentar os estoques de equipamentos de proteção para uso na rede de saúde.

Atualmente, o estado com maior número de registros é São Paulo, com 2.981 casos. Em seguida, está o Rio de Janeiro (832), Ceará (444) e Distrito Federal (355). "É onde temos a maior probabilidade de termos grandes espirais de casos", disse Mandetta.

Entre as regiões, o Sudeste do país tem a maior proporção de casos confirmados, com 60% do total. O Nordeste tem 15%, seguido do Sul, com 12%, Centro-Oeste, com 8%, e Norte, com 5%.

O balanço mostra ainda que 19 estados já tem registros de mortes pela Covid-19. O maior número ocorre em São Paulo, com 164.

Também houve mortes confirmadas no Rio de Janeiro (28), Ceará (8), Pernambuco (8), Piauí (4), Rio Grande do Sul (4), Minas Gerais (3), Paraná (3), Distrito Federal (3), Amazonas (3), Bahia (2), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Norte (2).

Maranhão, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Paraíba têm um registro cada.

Segundo o ministro, o número de mortes também pode ser maior. "Tem óbitos aguardando exames para fechar os casos. Em São Paulo, é em torno de 200", disse.

Ele diz esperar que haja um forte aumento de casos nos próximos dias, o que deve ocorrer com maior velocidade na testagem de casos. Isso ocorrerá, segundo o ministro, devido ao início do uso de "mega máquinas automatizadas", que aceleram a análise de exames em laboratórios, informa.

"Daqui a pouco vamos ter máquinas tão potentes que vamos pegar tudo que temos de caso acumulando e vamos rodando para chegar uma hora em que vamos falar: estamos online. Vamos ver se conseguimos", disse.

Nos últimos dias, a pasta já havia comunicado a intenção de adquirir máquinas que aceleram a testagem de casos. Outras estão sendo doadas por diferentes empresas e órgãos, como a Embrapa. Atualmente, o prazo de cada análise leva até quatro horas, segundo informações da Fiocruz, que fornece kits usados hoje para testes. O ministério não informou em quanto o processo será acelerado.

Ele diz esperar que haja um forte aumento de casos nos próximos dias, o que deve ocorrer com maior velocidade na testagem de casos. Isso ocorrerá, segundo o ministro, devido ao início do uso de "mega máquinas automatizadas", que aceleram a análise de exames em laboratórios, informa.

"Daqui a pouco vamos ter máquinas tão potentes que vamos pegar tudo que temos de caso acumulando e vamos rodando para chegar uma hora em que vamos falar: estamos online. Vamos ver se conseguimos", disse.

Nos últimos dias, a pasta já havia comunicado a intenção de adquirir máquinas que aceleram a testagem de casos. Outras estão sendo doadas por diferentes empresas e órgãos, como a Embrapa.

Atualmente, o prazo de cada análise leva até quatro horas, segundo informações da Fiocruz, que fornece kits usados hoje para testes. O ministério não informou em quanto o processo será acelerado.

Balanço do ministério em 212 das 241 mortes registradas no país aponta que 85% eram de pacientes com ao menos um fator de risco, como histórico de doenças associadas. Doenças cardíacas e diabetes eram as mais frequentes.

Do total, 89% tinham acima de 60 anos. Há registros, porém, também de ao menos sete mortes de pessoas abaixo de 60 anos e sem registro de doenças associadas.

Levantamento da pasta também mostra que já foram registradas neste ano 21 mil internações de pacientes com síndrome respiratória grave, o que indica aumento de 170% em relação ao mesmo período do último ano.

Destas, 1.274 foram confirmadas para o novo coronavírus --89% delas em São Paulo.

Mandetta disse ainda que a pasta terá reforço de cerca de 3.700 pessoas que se inscreveram como voluntárias da Força Nacional do SUS para aumentar a assistência à doença.

A pasta também lançou edital nesta quarta para que estudantes de diferentes áreas da saúde possam se inscrever como voluntários.

Em outra frente, o ministério passou a distribuir nesta quarta cerca de 500 mil testes rápidos aos estados para uso em profissionais de saúde e da área de segurança. O material faz parte de um primeiro lote de testes doados pela Vale. Outros 4,5 milhões devem chegar em abril.

Apesar da intenção de uso na rede de saúde, Mandetta fez um alerta para o risco de falso negativo desse tipo de testes, que se baseia na detecção de anticorpos. "Quando dão positivo, resolvem o nosso problema. Já resultado negativo às vezes não é uma sentença".

Segundo Mandetta, a ideia é usar esse tipo de teste de forma sequencial, com uso em vários dias ou após o 7o dia do início de sintomas em profissionais de saúde.Ele afirma que a pasta terá uma estratégia "dupla", com uso ainda também de testes com a técnica de PCR, que verifica a presença de material genético do vírus e são considerados mais precisos.

De acordo com o ministério, o modelo continuará a ser usado para confirmação de casos graves e para análise de amostras coletadas em postos volantes.

A ideia é que esses postos sejam instalados em cidades com mais de 500 mil habitantes, nos moldes de um drive-thru. O material deve ser enviado a laboratório e analisado em máquinas automáticas. O resultado seria divulgado por meio de aplicativo.

​O ministério não informou a data de instalação desses postos.

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