Com 639 novas mortes pela Covid-19, o Brasil chegou a 172.637 óbitos pela doença. Também foram registrados 52.084 novos casos, elevando para 6.290.160 as infecções pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
O Espírito Santo não atualizou seus dados sobre casos e mortes por Covid-19.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 517, o que representa um cenário de estabilidade de mortes em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média, chegando a uma estabilidade posterior e, recentemente, passando a apresentar crescimentos.
A média recente, porém, foi afetada por um apagão de dados de alguns estados. De toda forma, dados do país e especialistas que os acompanham têm apontado tendências de aumento de casos de Covid-19, o que normalmente precede o crescimento das mortes pela doença.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
O Sul apresenta aumento da média móvel de mortes, enquanto Norte, Nordeste e Sudeste estão em estabilidade (o que não significa que a situação seja tranquila). O Centro-oeste apresenta queda na média.
Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe têm aumento da média móvel de mortes em relação ao dado de 14 dias atrás.
Acre, Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco e São Paulo apresentam estabilidade. No caso de SP, a estabilidade se dá em níveis elevados, com média móvel acima de 100 e com semanas anteriores nas quais foram registradas crescimentos expressivos.
Os demais estados e o Distrito Federal apresentam queda da média móvel de mortes.
O Brasil tem uma taxa de 82,4 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (265.938), e o Reino Unido (58.127), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 81,4 e 87,5 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (90), país com 54.363 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 104.242 óbitos, tem 82,6 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 112. O país tem 35.839 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 136.200 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,1 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 85,9 mortes por 100 mil habitantes (38.216 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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