O Brasil registrou 697 mortes pela Covid-19 e 52.248 casos da doença, nesta terça-feira (1º). O país, dessa forma, chegou a 173.862 óbitos e 6.388.526 de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 526, redução de 6% em relação a 14 dias atrás, o que representa um cenário de estabilidade de mortes. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média, chegando a uma estabilidade posterior e, recentemente, passando a apresentar crescimentos.
A média recente, porém, foi afetada por um apagão de dados de alguns estados. De toda forma, dados do país e especialistas que os acompanham têm apontado tendências de aumento de casos de Covid-19, o que normalmente precede o crescimento das mortes pela doença.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
O Sul é a região do país com aumeto da média móvel de mortes, em relação ao dado de 14 dias atrás. Norte, Nordeste e Sudeste estão em estabilidade, o que não significa uma situação tranquila. O Centro-Oeste é a única região em queda da média.
Acre, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe apresentam aumento da média móvel de mortes, também em relação a 14 dias atrás. Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Roraima estão em estabilidade.
Os demais estados e o Distrito Federal apresentam queda.
O Brasil tem uma taxa de 83 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (270.003), e o Reino Unido (59.148), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 82,6 e 89 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (93,3), país com 56.361 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 105.940 óbitos, tem 84 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 112,4. O país tem 35.966 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 137.621 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,2 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 87 mortes por 100 mil habitantes (38.730 óbitos).
Já o boletim do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta terça-feira (1), mostra 50.909 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas. Com os novos números, o país agora contabiliza um total de 6.386.787 pessoas infectadas desde o início da pandemia da Covid-19.
O boletim também mostra que 697 pessoas morreram em decorrência da doença no período, elevando o total para 173.817.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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