Descrição de chapéu Coronavírus

Ministério da Saúde admite que chegada de vacinas da Índia pode ter novo atraso

Instituto Serum informou ao governo brasileiro que não vai conseguir cumprir cronograma de entrega; são esperadas 8 milhões de doses até julho

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Brasília

A empresa indiana que fornecerá vacinas Aztrazeneca/Oxford para o Brasil informou que vai atrasar a entrega de uma nova remessa de imunizantes. O governo Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou neste domingo (21) que o cronograma pode sofrer alterações.

Frasco da vacina AstraZeneca, cuja entrega ao Brasil poderá sofrer atrasos - Andrej Isakovic/AFP

O Instituto Serum, da Índia, é responsável pela produção de doses fornecidas ao país. Já havia desde a semana passada informações de que haveria atrasos, conforme publicado pela Folha neste domingo.

O fornecimento será adiado para o Brasil, Arábia Saudita e Marrocos, segundo informação publicada pelo jornal Índia Times. Isso ocorreu por causa de pressões para o fornecimento dos imunizantes para as necessidades da Índia.

Estão previstas 8 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca para serem importadas da Índia pela Fiocruz. Nos últimos meses, o governo alterou ao menos duas vezes a previsão de entrega dessas doses.
A data seria entre abril e julho, com 2 milhões de doses já em abril. Em nota, o Ministério da Saúde já admite que atrasos podem ocorrer.

"É importante esclarecer que o cronograma de entregas de doses, enviado pelos laboratórios fabricantes para o ministério, pode sofrer constantes alterações, de acordo com a produção dos insumos", diz texto deste domingo.

A Folha mostrou que, embora o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) tenha anunciado a contratação de 562 milhões de doses de vacinas contra a Covid para este ano, 37% desse total ainda consta apenas como intenção de compra ou enfrenta outros impasses. Falta, inclusive, aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que possam ser aplicadas.​

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já entregou o primeiro lote com mais de 1 milhão de doses da vacina AstraZeneca/Oxford produzido no Brasil, com matéria-prima (IFA) importada da China. Elas fazem parte da remessa de cerca de 5 milhões de vacinas entregues neste fim de semana a estados e municípios.

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