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Europa adota regra que amplia armazenamento da vacina da Pfizer em geladeira comum

Armazenamento em geladeira comum, antes recomendado por no máximo 5 dias, teve prazo ampliado para um mês; Brasil começou a aplicar fármaco em maio, após adiar compra

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Bruxelas

A agência regulatória europeia (EMA) fez mudanças que facilitam a distribuição e a aplicação da vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech, usada também no Brasil.

De acordo com o órgão, países da União Europeia podem mantê-la por 31 dias em geladeira normal, a temperaturas de 2 ° C a 8 ° C, depois de descongelada. A recomendação anterior era de no máximo 5 dias, prazo usado atualmente também no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

A alteração foi aprovada após estudos sobre a estabilidade do fármaco depois de retirado dos ultracongeladores —vacinas que usam a nova tecnologia chamada de mRNA, como a da Pfizer e a da Moderna, precisam de temperaturas muito baixas, de entre - 40 º C a - 70 ° C, para se conservarem no longo prazo.

Isso torna seu uso mais complexo que o de outros imunizantes, como os da AstraZeneca ou da Sinovac — também usados no Brasil—, que podem ficar o tempo todo em refrigeradores comuns.

Segundo a EMA, o aumento da flexibilidade no armazenamento e no manuseio da vacina deve facilitar o planejamento das campanhas de imunização e a logística de aplicação.

No Brasil, o primeiro lote com 1 milhão de doses chegou em 29 de abril e começou a ser distribuído em 3 de maio. Depois de adiar por vários meses a compra do produto da Pfizer, o país assinou contrato para obter 100 milhões de doses. A expectativa é que as doses recentes sejam entregues até o fim de setembro.

A distribuição está inicialmente restrita a capitais, justamente por causa da complexidade no armazenamento. Segundo o Ministério da Saúde, as doses ficariam mantidas a uma temperatura de -90°C a -60°C no centro de distribuição, em Guarulhos.

Ao serem enviados aos estados, os imunizantes estarão expostos a temperatura de -20°C e, nas salas de vacinação, ficam guardadas em geladeiras comuns (de 2°C a 8°C) por no máximo cinco dias.

Procurada pela reportagem, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão que regula as vacinas no Brasil, informou ter entrado em contato com a Pfizer sobre a previsão ao país.

A empresa respondeu que protocolará em breve um pedido de alteração das condições de armazenamento de conservação da vacina também no Brasil, diz a agência.

Colaborou Natália Cancian, de Brasília

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