Doses extras de vacinas contra a Covid-19 estarão amplamente disponíveis para os americanos a partir de setembro, enquanto vários outros países, incluindo Israel, Alemanha e França, decidiram oferecer reforço a idosos e pessoas com sistemas imunes fracos.
Até agora, não há consenso entre cientistas e agências de saúde sobre a necessidade de uma terceira dose.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse em 18 de agosto que os dados atuais não indicam a necessidade de reforço da vacina e pediu repetidamente um adiamento, afirmando que as pessoas mais vulneráveis no mundo todo devem ser vacinadas antes que os países de alta renda apliquem uma dose adicional.
Abaixo, as opções que os países e regiões estão considerando sobre a questão:
ESTADOS UNIDOS
As doses de reforço da vacina contra Covid-19 estarão amplamente disponíveis a partir de 20 de setembro para os americanos que receberam a inoculação inicial com duas doses das vacinas feitas pelos laboratórios Moderna e Pfizer pelo menos oito meses antes, disseram autoridades de saúde dos EUA no dia 18 de agosto.
UNIÃO EUROPEIA
O órgão regulador de medicamentos da União Europeia disse em 6 de agosto que ainda não há dados suficientes para recomendar reforço da vacinação contra Covid.
Contratos recentes com a Pfizer e a Moderna incluíram a possibilidade de que o bloco compre doses de reforço.
ALEMANHA
A Alemanha começará em setembro a oferecer uma dose de reforço a pessoas vulneráveis, como idosos e pessoas com sistema imune fraco. As vacinas serão as da Pfizer e da Moderna, independentemente da que foi usada antes.
ÁUSTRIA
A Áustria pretende iniciar a vacinação de reforço contra Covid-19 em 17 de outubro, nove meses depois que o primeiro grupo de pessoas recebeu a segunda dose.
BÉLGICA
A Bélgica autorizou o uso de doses de reforço –especificamente vacinas de mRNA– para pessoas imunodeprimidas. Mais dados são necessários antes de considerar vacinas extras para os idosos e pessoas que vivem em asilos.
BRASIL
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que uma dose extra da vacina contra o coronavírus começará a ser aplicada em idosos e em imunossuprimidos a partir do dia 15 de setembro.
CAMBOJA
O Camboja começou em 12 de agosto a oferecer doses de reforço da Astrazeneca para quem recebeu as vacinas de vírus inativado desenvolvidas pela Sinopharm e pela Sinovac (a Coronavac).
CANADÁ
A província canadense de Ontário começará a oferecer a terceira dose de vacina contra Covid-19 a pessoas vulneráveis ainda nesta semana, disseram as autoridades de saúde em 17 de agosto.
CHILE
O Chile iniciou em 11 de agosto a aplicação de doses de reforço aos já inoculados com a Coronavac, na tentativa de manter o sucesso inicial depois de uma das campanhas de vacinação mais rápidas do mundo.
CHINA
As doses de reforço deverão estar disponíveis na China só depois que o país vacinar uma proporção maior de sua população, disse à mídia estatal um executivo da unidade da Sinopharm.
COREIA DO SUL
A Coreia do Sul disse em junho que planeja garantir mais vacinas de mRNA para usar como reforço no próximo ano para toda a sua população, de 52 milhões.
DINAMARCA
Os dinamarqueses com sistema imune fraco serão aconselhados a tomar um reforço da vacina contra Covid na próxima semana, disseram autoridades de saúde em 20 de agosto.
EQUADOR
O Equador vai aplicar uma terceira dose da vacina contra coronavírus em pessoas com sistema imune fraco, e realizará testes para determinar se o resto da população imunizada precisa de reforço, disse a ministra da Saúde, Ximena Garzon, em 18 de agosto.
ESLOVÊNIA
A Eslovênia provavelmente começará a recomendar uma terceira dose de vacina, disse a chefe do comitê consultivo sobre imunização, Bojana Beovic, à emissora nacional eslovena em 18 de agosto.
FILIPINAS
As Filipinas estão destinando 45,3 bilhões de pesos (US$ 899 milhões, ou R$ 4,7 bilhões) para as vacinas de reforço contra Covid-19 em seu orçamento para 2022, disse uma autoridade em 19 de agosto, embora as autoridades de saúde ainda não tenham concluído se há necessidade de uma terceira dose.
FINLÂNDIA
O país não tomou decisão sobre a recomendação de uma terceira dose, mas espera-se que o faça em agosto.
FRANÇA
O presidente Emmanuel Macron disse que a França está trabalhando para administrar a terceira dose da vacina contra Covid-19 em idosos e vulneráveis a partir de setembro.
REINO UNIDO
O Reino Unido começou a planejar uma campanha de reforço a partir do segundo semestre, depois que assessores de vacinação disseram que poderia ser necessário dar doses extras a idosos e pessoas mais vulneráveis a partir de setembro.
O governo disse que compraria mais 60 milhões de doses da vacina da Pfizer antes do possível programa de reforço, elevando seu pedido total de vacinas a 100 milhões de doses.
GRÉCIA
Os principais consultores médicos da Grécia disseram em 23 de agosto que grupos vulneráveis com doenças subjacentes deverão receber vacinas de reforço. A dose de reforço com vacinas de mRNA, se aprovada pelo governo, estará disponível na primeira semana de setembro, disse o diretor do Comitê Nacional de Vacinação.
HUNGRIA
A Hungria oferece uma terceira dose opcional da vacina contra Covid-19 desde 1º de agosto.
INDONÉSIA
A Indonésia começou a dar doses de reforço produzidas pela Moderna para profissionais da área médica em julho e está considerando doses extras para uso mais geral.
ISRAEL
Israel começou a oferecer uma terceira dose da vacina Pfizer para pessoas com mais de 60 anos em julho, e para as de mais de 50 a partir de 13 de agosto. Sua campanha de reforço foi estendida a professores e pessoas com mais de 40 anos em 19 de agosto, e para aquelas com mais de 30 em 24 de agosto. E continua administrando doses extras aos profissionais de saúde.
PAÍSES DO GOLFO
Os Emirados Árabes Unidos começarão a fornecer uma dose de reforço a todas as pessoas totalmente vacinadas. A injeção estará disponível para pessoas consideradas de alto risco três meses após a segunda dose da vacina e seis meses para outras pessoas.
Em junho, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein disponibilizaram a vacina da Pfizer como dose de reforço para os imunizados inicialmente com a vacina desenvolvida pela Sinopharm da China.
REPÚBLICA DOMINICANA
As autoridades dominicanas começaram a distribuir uma terceira dose voluntária no início de julho.
REPÚBLICA TCHECA
Alguns grupos provavelmente precisarão tomar uma terceira dose de vacina, disse o ministro da Saúde, Adam Vojtech, em 17 de agosto.
RÚSSIA
As clínicas de saúde em Moscou começaram a oferecer doses de reforço em julho para pessoas vacinadas há seis meses ou mais.
SINGAPURA
Singapura disse em maio que estava planejando doses de reforço ainda neste ano ou no início do próximo, se necessário.
SUÉCIA
A maioria dos suecos receberá uma oferta de reforço da vacina contra Covid em 2022, enquanto os grupos de alto risco poderão receber a terceira dose neste outono, disse a autoridade de saúde em 3 de agosto.
SUÍÇA
A Suíça encomendou 43 milhões de doses de vacinas, incluindo preparações para potenciais doses de reforço em 2022, caso sejam necessárias, disse o Ministério da Saúde.
TAILÂNDIA
A Tailândia planeja dar vacinas de reforço da Astrazeneca ou do tipo mRNA para cerca de 3,4 milhões de pessoas que receberam a Coronavac anteriormente. Doses de reforço já foram administradas a funcionários médicos e da linha de frente que receberam a vacina chinesa.
TURQUIA
A Turquia está permitindo que as pessoas que foram inoculadas com a Coronovac tomem uma dose adicional da Pfizer, disse o Ministério da Saúde em 16 de agosto.
URUGUAI
O Uruguai oferece uma dose da vacina Pfizer para as pessoas totalmente vacinadas com a Coronavac, da Sinovac.
EMPRESAS
A Administração de Alimentos e Drogas (FDA) dos EUA autorizou uma terceira dose de vacinas contra Covid-19 da Pfizer e da Moderna em 13 de agosto para pessoas com sistema imunológico comprometido.
A Pfizer e a BioNtech enviaram dados à FDA para a autorização do reforço da vacina contra Covid-19 e planejam enviá-los também à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outras autoridades regulatórias nas próximas semanas.
A Pfizer e a Moderna aumentaram os preços de suas vacinas contra Covid-19 em seus últimos contratos de fornecimento à União Europeia, informou o jornal britânico Financial Times em 1º de agosto.
A Moderna já havia fechado acordos com a espanhola Rovi e a suíça Lonza em uma fábrica holandesa que aumentaria a produção de doses de 50 microgramas –a metade do nível de suas doses originais– na Europa para até 600 milhões de doses anuais, com capacidade para entrar em operação prevista para este ano.
Em 5 de agosto, a Moderna disse que sua vacina contra Covid-19 era 93% eficaz de quatro a seis meses após a segunda dose, quase sem mudança em relação à eficácia de 94% relatada em seu ensaio clínico original.
No entanto, espera-se que um reforço seja necessário antes da temporada de inverno.
A AstraZeneca disse que está investigando quanto tempo dura a proteção da vacina e se haverá necessidade de uma dose de reforço.
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