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Mulheres se acorrentam para defender que planos de saúde arquem com mais despesas

Grupo faz protesto em frente ao STJ, em Brasília, que analisa o caso nesta quarta

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Brasília

Um grupo de aproximadamente cem pessoas, em sua maioria mulheres, realiza um protesto na tarde desta quarta-feira (23) em frente ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília.

A corte retoma nesta quarta o julgamento que vai definir se as operadoras de planos de saúde podem ser obrigadas a arcar com despesas de procedimentos não incluídos na lista de cobertura obrigatória da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Usuários de plano de saúde fazem protesto em frente ao STJ nesta quarta (23) - Pedro Ladeira/Folhapress

Os manifestantes defendem que o rol de procedimentos da ANS seja exemplificativo, ou seja, que a lista da agência reguladora funcione apenas como referência mínima e que outras obrigações possam ser atendidas pelos planos a partir de solicitação médica.

Apoiada pelos planos de saúde, a tese contrária prevê modelo restritivo, sem a possibilidade da inclusão de terapias ou exames não listados pela agência.

As pessoas que participam do protesto estão enfileiradas em frente ao alambrado que cerca o STJ. Elas se prenderam umas às outras com correntes. Cartazes são exibidos com dizeres como #RolTaxativoMata e #MamatadosConvêniosNão.

"Se o STJ decidir que esse rol é taxativo, você não vai conseguir nem judicializar mais [a necessidade de um procedimento médico", disse a jornalista Andréa Werner, uma das organizadoras do protesto.

"Isso vai afetar usuários dos planos de saúde do Brasil inteiro, [que são] milhões de pessoas. E também vai afetar o SUS, porque na medida em que essas pessoas não conseguem mais tratamentos, exames, procedimentos pelos planos, elas vão no SUS. Vão, inclusive, judicializar a União."

Werner postou em suas redes sociais que ela e mais cinco manifestantes foram recebidas pelo presidente do STJ, ministro Humberto Martins, para conversar sobre o julgamento. Martins não participa da votação.

Segundo a ativista, o ministro se mostrou sensibilizado à causa e disse ao grupo que direito à saúde é constitucional e que o direito privado não deve se sobrepor a ele.

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