Vacinação contra a gripe começa na segunda (10) na cidade de São Paulo

Imunizante será disponibilizado em duas etapas para grupos prioritários, que incluem idosos e crianças

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São Paulo

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (5) o início da campanha de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe, na próxima segunda-feira (10).

Segundo a pasta, as 1.489.000 doses destinadas pelo Ministério da Saúde ao município serão aplicadas em duas etapas nos grupos prioritários até 31 de maio, com a segunda fase começando a partir do dia 17.

Paciente é vacinado contra o vírus da gripe na UBS Jardim Edite, na zona sul de São Paulo
Paulistano é vacinado contra o vírus da gripe na UBS Jardim Edite, na zona sul de São Paulo - Bruno Santos - 6.jul.22/Folhapress

O público-alvo da campanha, definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), é estimado em 5 milhões de pessoas na capital e é formado por:

  • crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
  • gestantes
  • puérperas
  • indígenas
  • trabalhadores da saúde
  • indivíduos com 60 anos ou mais de idade
  • professores das escolas públicas e privadas
  • pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
  • pessoas com deficiência permanente
  • profissionais das forças de segurança e salvamento e das forças armadas
  • caminhoneiros
  • trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanos e de longo curso
  • trabalhadores portuários
  • funcionários do sistema prisional
  • adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
  • população privada de liberdade

"Com as pessoas vacinadas conseguimos reduzir a circulação do vírus no município de São Paulo e, assim, garantir a proteção à população, diminuindo as internações e a mortalidade em razão das complicações que podem ser provocadas pela gripe", afirmou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

O imunizante estará disponível em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e nas AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais)/UBSs Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.

Segundo a Secretaria de Saúde, no ano passado foram vacinadas 4.457.341 pessoas na capital.

Por que é importante tomar a vacina contra a gripe anualmente?

Uma característica do vírus é a mutação. As vacinas são preparadas para a sazonalidade do ano posterior. Coletam-se os vírus que mais circularam no ano anterior. Os dados em relação a eles são enviados à OMS (Organização Mundial da Saúde), que emite uma nota aos laboratórios produtores dizendo quais cepas deverão constar no hemisfério sul.

No SUS (Sistema Único de Saúde), os imunizantes são trivalentes, produzidos pelo Instituto Butantan. A vacina ofertada neste ano é composta de duas cepas do influenza A e uma do B.

Para as clínicas privadas brasileiras, a novidade neste ano é a vacina Efluelda, voltada ao público com mais de 60 anos. O imunizante, com chegada prevista para abril, é quadrivalente com alta concentração de antígenos e proporciona uma eficácia relativa de 24,2% a mais na proteção da população idosa, se comparada à vacina de dose padrão.

Qual o prazo para a vacina surtir efeito?

No mínimo de 7 a 10 dias, mas a produção maior de anticorpos ocorre com quatro semanas. Quando aumentar a circulação do vírus, o sistema de defesa já está blindado.

Pode tomar a vacina contra a gripe junto com a bivalente e as demais contra a Covid?

Sim. A vacina da gripe pode ser tomada com qualquer outra vacina do calendário de imunização.

Quais são os efeitos colaterais?

Em até 10% dos casos pode ocorrer dor no local da aplicação, vermelhidão e enrijecimento da pele. Abaixo de 3% existem as manifestações sistêmicas, como febre baixa, sensação de cansaço, dor muscular, dor de cabeça. Todas as reações terminam em torno de 48 a 62 horas. Se persistirem, é recomendável procurar um serviço de saúde.

Há contraindicações?

A pessoa deverá observar se tem alergia aos princípios da vacina. Os alérgicos a ovo poderão receber a vacina, inclusive com histórico de anafilaxia. A alergia a ovo não é mais considerada contraindicação nem precaução para uso da vacina contra o vírus influenza. A orientação é que a vacina seja aplicada num serviço hospitalar, pois, se o paciente desenvolver o quadro alérgico, será possível revertê-lo.

Pode tomar a vacina com sintomas gripais?

Não. Se houver suspeita de qualquer infecção, a vacina deverá ser aplicada de 48 a 72 horas após a melhora do quadro.

A vacina causa gripe?

Não. A vacina é feita com vírus inativado. Há duas confusões comuns: a pessoa tomar a vacina, desenvolver reação adversa e achar que foi gripe; ou já estar infectada com qualquer vírus ou bactéria quando se vacinar.

Fontes: Melissa Palmieri, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações — Regional São Paulo e médica da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, e Ministério da Saúde.

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