Descrição de chapéu Projeto Saúde Pública

Brasil tem 38.908 pessoas na fila de espera por um transplante de rim

Faustão fez o procedimento nesta segunda-feira (26); maioria dos pacientes são homens com mais de 50 anos

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São Paulo

O Hospital Israelita Albert Einstein informou que o apresentador de TV Fausto Silva, o Faustão, passou por um transplante de rim na última segunda-feira (26).

"O paciente Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 25 de fevereiro para preparação para um transplante de rim, em função do agravamento de uma doença renal crônica, após o Einstein ter sido acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo e realizado a avaliação sobre a compatibilidade do órgão doado", afirmou a instituição, em nota.

Ele já havia passado por um transplante de coração em 2023 por ter insuficiência cardíaca.

De acordo com a Central de Transplantes do Estado de São Paulo, Fausto Silva, 73, era o 13º na lista para o procedimento. "A Central de Transplantes do Estado de São Paulo informa que o paciente F.S. foi inserido na fila para transplante em 6 de fevereiro e, seguindo resoluções estaduais, foi submetido ao transplante de rim na última segunda-feira (26), cumprindo os critérios de priorização. F.S. encontrava-se como 13º na lista para o procedimento", diz a nota.

O apresentador Fausto Silva passou por um transplante renal na última segunda-feira (26) - @faustosilvaofcial no Instagram

Atualmente, há 38.908 brasileiros aguardando por um transplante de rim. Assim como Faustão, a maioria dos pacientes que esperam pelo órgão são do sexo masculino (24.721) e possuem mais de 50 anos (14.242).

O estado de São Paulo lidera a lista de pacientes que aguardam por um transplante de órgão, com 20.494 pessoas na espera, seguido de Minas Gerais (3.730), Paraná (2.405), Bahia (2.136) e Rio de Janeiro (2.001). Os dados do painel do Ministério da Saúde foram atualizados nesta terça-feira (27).

O apresentador teve que passar pelo transplante renal pouco mais de seis meses após o procedimento no coração. Os danos ao órgão renal são comuns em pacientes transplantados, segundo Diego Gaia, chefe da Cardiologia do Hospital Santa Catarina (Unidade Paulista).

"Nessa situação, o próprio corpo vai priorizar a irrigação dos órgãos mais nobres como o cérebro. O afluxo de sangue para o rim fica comprometido e, consequentemente, sua função. Isso é bastante comum e conhecido como síndrome cardiorrenal", afirma.

A lista de espera de transplante de órgãos do ministério é única e coordenada pelo SNT (Sistema Nacional de Transplantes). Os estados enviam os dados para a CNT (Central Nacional de Transplantes), que organiza os pacientes conforme prioridade —que é dada por uma série de critérios técnicos, e não são influenciados pelo status econômico ou fama da pessoa.

São incluídos na lista tanto pacientes da rede pública quanto privada, e a inscrição na fila é realizada por um médico com autorização vigente, concedida pelo SNT.

Alguns dos fatores levados em consideração para a definição de prioridade No caso de pacientes renais, são: a impossibilidade total de acesso para diálise (filtração de sangue), a idade do paciente e a compatibilidade com um doador.

O SNT reforça que o processo funciona de acordo com as regras (com base em critérios técnicos) e que nenhum paciente pode ser privilegiado.

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