Descrição de chapéu violência saúde mental

Homem tem surto psicótico e atira em enfermeira no Hospital do Servidor de SP

Vítima foi atingida no pé por policial aposentado e socorrida no local; instituição segue em funcionamento

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Um policial civil aposentado, supostamente em meio a um surto psicótico, atirou contra uma enfermeira durante atendimento no Hospital do Servidor Público Estadual, zona sul de São Paulo, na madruga deste sábado (24). A mulher foi atingida no pé e foi atendida no próprio local. A instituição segue em funcionamento.

De acordo com a Secretaria da Segurança, policiais militares foram acionados para atendimento de uma ocorrência envolvendo disparo de arma de fogo no hospital, que fica na rua Pedro de Toledo, em Moema.

Prédio do Hospital do Servidor Público Estadual, em São Paulo - Robson Ventura/Folhapress

Segundo a pasta, os funcionários do hospital informaram que um policial civil aposentado, de 70 anos, que não teve o nome divulgado, havia efetuado os disparos durante atendimento, por motivos a serem esclarecidos. Um tiro feriu a enfermeira de 49 anos.

Por meio de nota, o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo) informou que o paciente estava internado após cirurgia e, em aparente surto psicótico, sacou uma arma de uma mochila.

"Ele foi rapidamente contido por dois enfermeiros, mas houve um disparo que feriu uma enfermeira em um dos pés. Ela foi atendida imediatamente, passa bem e foi liberada. A polícia foi acionada para investigar o caso, e o autor do disparo permanece internado", diz trecho da nota.

Os outros funcionários que estavam no local conseguiram desarmar o homem. O aposentado carregava uma pistola 380 e um revólver 38. As armas foram apreendidas e encaminhadas para perícia. O caso está sendo registrado pelo 27º DP (Campo Belo).

Neste sábado (24), o Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) emitiu nota de solidariedade aos profissionais de enfermagem do Iamspe.

"O fato ocorrido dentro da unidade hospitalar reforça a insegurança vivenciada cotidianamente pelos profissionais de enfermagem que, nos últimos anos, viram crescer os incidentes e os casos de violência praticados por pacientes e acompanhantes", diz a nota.

O conselho também solicitou às autoridades da segurança e da saúde providências necessárias para que as unidades hospitalares sejam ambientes seguros para profissionais e usuários.

Nas redes sociais do Coren, vários profissionais de enfermagem se queixaram da falta de segurança em unidades de saúde de São Paulo, especialmente da rede pública. Eles dizem que agressões físicas e verbais são frequentes.

"Como iremos trabalhar sem segurança? Ainda mais nesse caos de dengue e Covid em que os pacientes estão super agressivos devido à lotação das unidades e tempo de atendimento elevado", relatou a enfermeira Fabiana Carvalho.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.