Descrição de chapéu primeira infância

Folha lança série sobre a primeira infância no Brasil

Projeto abordará importância dos primeiros seis anos de vida na formação das crianças e os impactos para a sociedade

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São Paulo

A Folha lança nesta sexta-feira (10) a série "Primeira Infância", que irá abordar a importância os primeiros seis anos de vida na formação e desenvolvimento das crianças e o impacto para a sociedade.

O projeto, apoiado pela ONG Todos Pela Educação e pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, inclui reportagens, entrevistas e análise de dados, que serão publicados ao longo de três meses.

Criaça desenhando em quadro de giz
Primeira infância é o período que abrange os seis primeiros anos de vida a partir da gestação - Raquel Cunha/Folhapress

A equação Heckman, do economista vencedor do Nobel James Heckman, mostra que quanto antes for realizado o investimento na infância, maior será o resultado para a criança e melhor o retorno para o país.

A série debaterá como esse investimento é feito no Brasil, com matérias sobre políticas de parentalidade, desigualdades no acesso à educação infantil, formas de violência que afetam o desenvolvimento na primeira infância e a realidade de crianças em extrema pobreza no país, entre outros temas.

Para Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação, políticas ligadas à primeira infância têm importância não apenas na vida da criança, tem também impacto na sociedade.

"É importante que a gente chame atenção para uma política que muitas vezes é invisível e não ganha a importância que tem de fato", diz ela.

Desde 1923, o Brasil tem políticas voltadas às crianças, com a criação do juizado de menores. Em 1937, a Constituição obrigou o Estado a prestar assistência à infância, enquanto em em 1988, a nova Constituição dividiu as responsabilidades pela infância entre o Estado, a família e a sociedade. Dois anos depois foi lançado o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Em 2016, pela primeira vez, o Marco Legal da Primeira Infância promoveu atitudes voltadas especificamente a crianças com até seis anos de idade.

"Se, por um lado, o período da primeira infância é de grandes oportunidades para a plenitude da vida de uma pessoa, é também de muitas vulnerabilidades e de extrema susceptibilidade às influências e ações externas, como pobreza e violência. O Estado deve estabelecer políticas, planos, programas e serviços para a primeira infância que atendam às especificidades dessa faixa etária, visando a garantir seu desenvolvimento integral", afirma publicação do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Segundo Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, a maior urgência em relação à primeira infância é a integração das pastas que trabalham pelo desenvolvimento infantil, como ministérios e secretarias estaduais e municipais.

"A gente também precisa unir os poderes, tanto o executivo como o legislativo e o judiciário, em prol da primeira infância. É a partir dessa coordenação que a gente consegue ganhar eficiência, produtividade dos trabalhos e gerar mais qualidade dos serviços oferecidos às crianças e suas famílias", afirma.

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