Na era Wenger, grandes paulistas trocaram mais de 20 vezes de técnico

Francês ficou 22 anos no Arsenal, cenário impensável no Brasil

São Paulo

Ao final desta temporada do Campeonato Inglês, o técnico Arsène Wenger, que não renovará seu contrato, terá comandado o Arsenal por 22 anos ininterruptos. Um cenário impensável para o futebol brasileiro, onde os clubes geralmente têm mais de um treinador por ano.

 

Desde que o francês assumiu a equipe de Londres, só os quatro grandes clubes de São Paulo trocaram de treinador mais de 20 vezes cada. Em alguns casos, técnicos acumularam mais de uma passagem por determinado clube nesse período. 

No Corinthians, por exemplo, Nelsinho Baptista, Candinho, Vanderlei Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira, Geninho, Mano Menezes e Tite comandaram o clube em diferentes oportunidades - o último, hoje na Seleção Brasileira, passou pelo alvinegro de 2004 a 2005, 2010 a 2013 e 2015 a 2016.

Luxemburgo, que irá inaugurar um canal de YouTube, também treinou o Palmeiras em três períodos. Além dele, Felipão, Murtosa, Jair Picerni e Cuca são os que treinaram o time alviverde mais de uma vez.

Tricampeão brasileiro pelo São Paulo, Muricy Ramalho treinou a equipe em três períodos diferentes desde que Wenger assumiu o Arsenal em 1996. Nelsinho Baptista, Paulo César Carpegiani, Emerson Leão, Ricardo Gomes e Paulo Autuori também foram demitidos e depois voltaram ao Morumbi em outra época.

No Santos, Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão foram alguns dos técnicos que treinaram a equipe alvinegra mais de uma vez no período. Dorival Júnior, com duas passagens, completa a lista santista. 

Nenhum dos quatro grandes de São Paulo teve um treinador que superou a marca de quatro anos no cargo. 

A Seleção Brasileira também teve alta rotatividade nesses 22 anos, com 10 trocas de comando até o momento. Felipão e Dunga foram os únicos que assumiram a Seleção em mais de uma oportunidade.

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