Descrição de chapéu Copa do Mundo

Cristiano Ronaldo faz 3, iguala marca de Pelé e supera Messi em Copas

No empate em 3 a 3, seleções fazem valer expectativa criada sobre a partida

Sochi
Cristiano Ronaldo, 33, mostrou novamente porque é candidato para ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo pela sexta vez na carreira. Com três gols, o camisa sete comandou a seleção portuguesa no empate diante da Espanha por 3 a 3, nesta sexta-feira (15), no estádio Olímpico de Sochi, pela primeira rodada do Grupo B. 
 
Com os três gols marcados, o português chegou a seis em Copas do Mundo. Nos três mundiais anteriores que disputou, ele havia feito apenas três: em 2006 (contra o Irã), em 2010 (diante da Coreia do Norte) e em 2014 (contra Gana).  Assim, igualou Pelé e os alemães Uwe Seeler e Klose, os únicos a marcarem gols em quatro mundiais consecutivos. 
 
Além disso, atacante superou o argentino Messi, autor de cinco gols em Mundiais. 
 
“Sem dúvida estou muito feliz, é uma marca pessoal bonita, mais uma na minha carreira. Mas para mim o mais importante é o que a seleção fez”, disse o atacante, que destacou o poder de reação da equipe e considerou o empate justo.
 
Cristiano Ronaldo, que teve pela frente no início do jogo pelo menos três jogadores de seu atual time, o Real Madrid, foi decisivo nos principais momentos da partida. Logo aos 3 minutos, recebeu passe na intermediária, invadiu a área e foi derrubado por Nacho. Ele cobrou o pênalti com categoria e abriu o placar. 
 
Nos acréscimos do primeiro tempo, quando a Espanha já havia empatado em belo gol do brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa e controlava a posse de bola, o português apareceu novamente e contou com a falha do goleiro De Gea, que não conseguiu segurar um chute da entrada da área.
 

Ele voltou a aparecer aos 43 minutos do segundo tempo, quando cobrou falta com categoria e colocou no ângulo para definir o placar da partida em 3 a 3. A Espanha havia empatado com o próprio Diego Costa, aos 9 minutos da etapa complementar, e virado pouco depois em um belo gol de Nacho, que finalizou de primeira de fora da área. A bola ainda tocou na trave antes de entrar. 

Nas três mundiais anteriores disputados por Cristiano Ronaldo, Portugal alternou boas e más campanhas. Há quatro anos, foi eliminado na primeira fase em um grupo com Alemanha e Estados Unidos. Na África do Sul, parou na própria Espanha nas oitavas de final, enquanto na Alemanha ficou na quarta colocação.

Neste ano, o português já havia brilhado na campanha do Real Madrid na conquista da Liga dos Campeões. Ele terminou a competição com 15 gols –cinco a mais do que Salah, Mané e Firmino, todos do Liverpool, vice-campeão europeu.

Assim, ele se torna cada vez mais favorito para ganhar o prêmio de melhor do mundo pela sexta vez e passar o argentino Messi, que tem cinco conquistas.

Ele, porém, terá que levar a seleção portuguesa o mais longe possível neste mundial, provavelmente o seu último na carreira. O país tem como melhor desempenho a terceira colocação em 1966.

Já a Espanha, que era apontada como uma das favoritas ao título, manteve o seu estilo de valorizar a posse de bola e controlar o jogo. Quando a partida estava empatada por 1 a 1, Isco acertou uma bola no travessão, que tocou na risca e não entrou.

A seleção espanhola trocou de treinador dois dias antes da estreia. Na quarta-feira (13), a Real Federação Espanhola demitiu o técnico Julen Lopetegui, que estava invicto no cargo há 20 jogos.

Ele foi demitido após não comunicar os dirigentes da entidade que havia acertado para assumir o Real Madrid após a Copa do Mundo.

No banco de reservas, ficou o ex-zagueiro Fernando Hierro, que exercia o cargo de diretor de seleções —mesma função de Edu Gaspar na equipe brasileira.

MELHOR JOGO

Apontado como o principal jogo da primeira fase antes de a bola rolar, Portugal e Espanha comprovaram a expectativa dentro de campo. Os espanhóis mantiveram o seu padrão de troca de passes e controle do jogo.

Já Portugal fez uma marcação no círculo central e mostrou um futebol agrupado entre a linha defensiva e o último homem do ataque.

A qualidade da partida pode ser vista nos números do confronto.

Com 62% da posse de bola, o que comprova que o Hierro seguiu o estilo de jogo de Lopetegui, que já mantinha a estratégia de Vicente Del Bosques. A equipe teve 91% de acerto nos passes __acertou 635 dos 695 tentados. Portugal acertou 85% dos seus passes.

Nas outras três partidas realizadas, nenhuma teve um aproveitamento tão alto das duas equipes. No jogo de abertura, a Rússia teve 78%, enquanto a Arábia Saudita conseguiu 86%. Já na vitória do Uruguai sobre o Egito os números foram semelhantes com vantagem para a seleção sul-americana.

Já Marrocos atingiu 86% na derrota para o Irã, que teve 66%.

De acordo com dados da Fifa, o clássico ibérico também teve oito finalizações no gol, sendo cinco espanholas e três portuguesas.

Na vitória da Rússia sobre a Arabia Saudita, foram sete finalizações certas dos donos da casa, contra nenhuma do rival.

 
Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior deste texto se referiu ao atacante espanhol Diego Costa como Douglas Costa.

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