Ele voltou a aparecer aos 43 minutos do segundo tempo, quando cobrou falta com categoria e colocou no ângulo para definir o placar da partida em 3 a 3. A Espanha havia empatado com o próprio Diego Costa, aos 9 minutos da etapa complementar, e virado pouco depois em um belo gol de Nacho, que finalizou de primeira de fora da área. A bola ainda tocou na trave antes de entrar.
Nas três mundiais anteriores disputados por Cristiano Ronaldo, Portugal alternou boas e más campanhas. Há quatro anos, foi eliminado na primeira fase em um grupo com Alemanha e Estados Unidos. Na África do Sul, parou na própria Espanha nas oitavas de final, enquanto na Alemanha ficou na quarta colocação.
Neste ano, o português já havia brilhado na campanha do Real Madrid na conquista da Liga dos Campeões. Ele terminou a competição com 15 gols –cinco a mais do que Salah, Mané e Firmino, todos do Liverpool, vice-campeão europeu.
Assim, ele se torna cada vez mais favorito para ganhar o prêmio de melhor do mundo pela sexta vez e passar o argentino Messi, que tem cinco conquistas.
Ele, porém, terá que levar a seleção portuguesa o mais longe possível neste mundial, provavelmente o seu último na carreira. O país tem como melhor desempenho a terceira colocação em 1966.
Já a Espanha, que era apontada como uma das favoritas ao título, manteve o seu estilo de valorizar a posse de bola e controlar o jogo. Quando a partida estava empatada por 1 a 1, Isco acertou uma bola no travessão, que tocou na risca e não entrou.
A seleção espanhola trocou de treinador dois dias antes da estreia. Na quarta-feira (13), a Real Federação Espanhola demitiu o técnico Julen Lopetegui, que estava invicto no cargo há 20 jogos.
Ele foi demitido após não comunicar os dirigentes da entidade que havia acertado para assumir o Real Madrid após a Copa do Mundo.
No banco de reservas, ficou o ex-zagueiro Fernando Hierro, que exercia o cargo de diretor de seleções —mesma função de Edu Gaspar na equipe brasileira.
MELHOR JOGO
Apontado como o principal jogo da primeira fase antes de a bola rolar, Portugal e Espanha comprovaram a expectativa dentro de campo. Os espanhóis mantiveram o seu padrão de troca de passes e controle do jogo.
Já Portugal fez uma marcação no círculo central e mostrou um futebol agrupado entre a linha defensiva e o último homem do ataque.
A qualidade da partida pode ser vista nos números do confronto.
Com 62% da posse de bola, o que comprova que o Hierro seguiu o estilo de jogo de Lopetegui, que já mantinha a estratégia de Vicente Del Bosques. A equipe teve 91% de acerto nos passes __acertou 635 dos 695 tentados. Portugal acertou 85% dos seus passes.
Nas outras três partidas realizadas, nenhuma teve um aproveitamento tão alto das duas equipes. No jogo de abertura, a Rússia teve 78%, enquanto a Arábia Saudita conseguiu 86%. Já na vitória do Uruguai sobre o Egito os números foram semelhantes com vantagem para a seleção sul-americana.
Já Marrocos atingiu 86% na derrota para o Irã, que teve 66%.
De acordo com dados da Fifa, o clássico ibérico também teve oito finalizações no gol, sendo cinco espanholas e três portuguesas.
Na vitória da Rússia sobre a Arabia Saudita, foram sete finalizações certas dos donos da casa, contra nenhuma do rival.
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